O clima na região já está sob efeito do fenômeno climático El Niño, que começou na quinta-feira. A informação foi confirmada pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos. A tendência é de que os próximos meses sejam marcados por grandes volumes de chuva e variação nas temperaturas, principalmente ao longo do inverno.
A anomalia climática deve se estender até janeiro de 2024. Conforme a MetSul Meteorologia, o evento vai ganhar força no último trimestre deste ano, entre a primavera e o verão. “A partir de agora, vamos monitorar a intensidade e a duração do El Niño. A previsão é de aumento de chuva, principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, com possibilidade de enchentes”, alertou a diretora da MetSul, a meteorologista Estael Sias, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.
O fenômeno é tratado como Super El Niño, por apresentar condições de fortes chuvas acompanhadas por temporais com vento e granizo. A maior incidência deve ocorrer no fim do inverno e entre a primavera e o verão, com destaque para o Sul do Brasil.
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“Super El Niño não é um nome científico, mas é usado para diferenciar o evento climático que tem uma intensidade superior a 2,5 graus de aquecimento na superfície do Oceano Pacífico. A projeção é de que esse aquecimento varie entre 2 e 3 graus, recebendo a classificação de Super El Niño por causa dos seus efeitos mais intensos”, explicou Estael.
O El Niño começou mais cedo neste ano. A expectativa da agência americana era de que iniciasse entre agosto e setembro. “Ainda não é possível detalhar onde vai chover mais. A tendência é de chuva acima da média durante todos os meses, com exceção de junho”, disse. A meteorologista ressaltou que a precipitação volumosa também deve impactar o setor agrícola, em virtude de o solo ficar mais úmido. Isso dificulta a germinação dos grãos, especialmente do trigo. “No entanto, as safras de verão devem sofrer menos, já que a região vem de três anos de estiagem.”
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Depois de uma semana com altas temperaturas, especialmente na sexta-feira, quando o termômetro bateu os 30 graus, o sábado também deve ser de calor, porém menos intenso, com máximas de 26 graus. Conforme a MetSul, o ingresso do ar gelado do quadrante Sul e a chuva ao longo do sábado derrubarão a temperatura.
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Com isso, é na manhã de domingo que começa o frio, que deve se estender ao longo da semana. Algumas regiões do território gaúcho terão marcas inferiores a 5 graus e máximas de 14. Durante a madrugada de segunda-feira, termômetros do Vale do Rio Pardo podem ter marcas de 2 e 4 graus. A expectativa para a próxima semana é de muitos dias com mínimas inferiores a 5 graus. Em alguns pontos do Estado, as temperaturas poderão oscilar abaixo de zero, especialmente entre segunda e quinta-feira.
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Estael ressaltou que há possibilidade de frio intenso para os próximos meses, mas em períodos curtos e com temperaturas dentro da média. “A formação de geada não está descartada. Pode até ocorrer também na passagem do inverno para a primavera, lá em setembro.” Ela informou que o veranico pode marcar presença nos meses de julho e agosto. (*Colaborou Leandro Porto)
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