Três jovens foram detidos por maltratar uma égua, na manhã desta quarta-feira, 17, na Avenida Euclydes Kliemann, no Bairro Esmeralda, em Santa Cruz do Sul. A Guarda Municipal e a Brigada Militar foram acionadas por voluntários da ONG Cavalo de Lata que flagraram a situação.
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Dois jovens de 17 e um de 18 anos estavam em uma carroça puxada pela égua, aparentemente com idade avançada, que apresentava desnutrição, fagida e lesões. O animal foi atendido pelo veterinário Tiago Marques, do Canil Municipal, para onde será levado.
Conforme Marques, o animal estava caído no chão e passando mal quando foi feita a denúncia. “É uma égua idosa, dá pra ver pelos dentes e por outros sinais. Tem lesões nas patas, sarnas, fungos e uma leve desidratação, e apresenta marcas de que tem puxado carroças por um bom tempo”, avaliou o veterinário, em entrevista à Rádio Gazeta. Ele estimou que a idade da égua seja de aproximadamente 17 anos.
O animal vai ser tratado no Canil Municipal. Além dos problemas citados pelo veterinário, a égua também está com uma úlcera no olho. Ela será fortalecida com ração, vitaminas e, se necessário, soro. “Já pegamos casos piores e conseguimos recuperar”, afirmou.
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Denúncias desse tipo, conforme Marques, são recorrentes. “No verão, com a temperatura alta, os catadores costumam sair com as carroças os dias todos e o animal fica exausto puxando peso. É um trabalho escravo”, comentou.
A Brigada Militar fez um termo circunstanciado e o proprietário do cavalo, pai de um dos menores de idade, responderá em liberdade. Uma audiência para que a Justiça julgue o caso já foi marcada. Além do proprietário do cavalo, as testemunhas da situação também devem comparecer. A possibilidade do proprietário reaver o animal depende da posição da Justiça.
Denuncie
Casos de maus-tratos em que o animal precisa ser recolhido imediatamente devem ser denunciados à Guarda Municipal através do número 153. A Guarda vai acionar o Canil Municipal, que tem plantão de veterinários 24 horas. Em casos não imediatos, a pessoa pode fazer uma denúncia anônima através de boletim de ocorrência na Polícia Civil, tanto na Delegacia de Polícia quanto pela internet.
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