Nessa quarta-feira, 10, a ONG Cavalo de Lata recebeu a denúncia de que uma égua estava abandonada, agonizando, na Estação de Tratamento de Esgoto Pindorama, ao lado do Cemitério Guarda de Deus, no Bairro Santuário. À noite, voluntários entraram no local, mas não encontraram o animal. Na manhã desta quinta-feira, 11, ela foi localizada mas, por estar bastante debilitada e sem forças, precisou ser sacrificada.
A diretora da ONG, Ana Paula Knak, conta que na noite de quarta, como o local pertence a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), eles buscaram alternativas para entrar na área, mas acabaram tendo que arrebentar o cadeado. Após buscas, o animal não foi encontrado.
Na manhã desta quinta, logo cedo, membros da ONG e do Canil Municipal, Guarda Municipal, acompanhados pela vereadora e defensora da causa animal, Bruna Molz, estiveram no local para resgatar a égua. No entanto, por estar bastante debilitada e sem forças, já que estava há três dias abandonada no local, o animal foi atendido pelo veterinário do canil, Iuri Beskow, e precisou ser sacrificado.
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“Tivemos que abreviar o sofrimento dela. O entorno do lago está sendo usado como pastagem. É um lugar de ninguém, pois arrebentam as cercas e deixam os animais ali. É triste, nós sempre queremos fazer o resgate, na verdade não queríamos que esse sofrimento existisse, mas a realidade é diferente do que sonhamos”, relata.
A ONG cobra uma fiscalização maior da Corsan no local e a vereadora Bruna Molz já pediu uma reunião com a diretoria da concessionária. O encontro deve ocorrer na próxima quarta-feira, 17. “O Lago dourado é um reservatório de água muito importante para a cidade e não deveria ser usado como depósito de animais. O local virou um cemitério. Não é a primeira vez que atendemos cavalos ali. Tem muitos ossos, fezes, animais em decomposição. As pessoas não tem condições para cuidar direito do cavalo e acabam largando ali. Não entendo porque no 20 de Setembro, por exemplo, se exige que o animal não tenha mormo, mas nestes casos estes cavalos não recebem cuidados adequados e não há fiscalização.”
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Já a gerente da unidade local da Corsan, Rosângela Freitas, diz que em outras ocasiões já foram feitas denúncias mas que são casos reincidentes. “Temos vários proprietários ao redor da área da Corsan. Por várias vezes tivemos vandalismo, mesmo após investimento com a colocação de gradil de concreto para impedir acesso. Já tivemos parte do gradil quebrado e cadeados do portão de entrada por várias vezes roubado ou quebrado, sendo colocados animais para dentro da área da Corsan, sem conseguirmos identificar os proprietários.”
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