O Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) completou 25 anos em março. Diversas atividades já foram realizadas ao longo do ano. Entre os tantos egressos está Patrícia Morsch, assessora regional em envelhecimento saudável da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)/Organização Mundial da Saúde (OMS), com sede em Washington.
Patrícia tem 39 anos e é natural de Venâncio Aires. Concluiu a graduação na Unisc em 2006. Tem ainda especialização em Saúde Pública pela Ufrgs, mestrado em Gerontologia na UNCC/EUA e doutorado em Gerontologia Biomédica na PUCRS.
“Meu trabalho como assessora regional em envelhecimento saudável é prestar cooperação técnica para os países da região das Américas”, explica. “Assim, é possível favorecer políticas e práticas de saúde pública para uma melhor saúde da população idosa. Fazemos reuniões de participação em congressos, reuniões técnicas para discussão de temas específicos e sobre como podemos apoiar os países. Enfim, prestar cooperação técnica para avançar em políticas de saúde pública.”
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De acordo com Patrícia, o envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, a população está vivendo mais e isso é um grande avanço. “Todos querem viver mais e com boa saúde. Mas há uma brecha de 12 anos entre a esperança de vida e a esperança de vida saudável para a região das Américas, então é preciso pensar em práticas para diminuir essa diferença. Não existe uma receita.”
A profissional cita como exemplo as doenças crônicas, que são mais comuns no envelhecimento. “O corpo é mais vulnerável e é preciso trabalhar com prevenção. A fisioterapia tem um papel fundamental, pois é baseada em manter a habilidade funcional para que a pessoa possa fazer o que desejar, mesmo com o avançar da idade”, ressalta.
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“Independentemente de se ter uma doença, o idoso consegue manter-se ativo. E, quando falamos em envelhecimento saudável, falamos não só de mobilidade, mas também de cognição”, acrescenta.
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E como a sociedade pode tentar ajudar? Oferecendo um ambiente com acessibilidade e inclusivo. “É muito importante combater preconceitos para que possamos envelhecer bem. E os jovens têm um papel importante nisso, em trabalhar o assunto de maneira mais positiva e atuar diretamente com idosos para combater o chamado idadismo (forma de preconceito sofrida por pessoas por conta da idade, sobretudo em relação aos indivíduos mais velhos). Não adianta termos acessibilidade se existe o preconceito”, completa Patrícia.
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Saiba mais
A população mundial está envelhecendo mais rapidamente do que no passado, mas na América Latina e no Caribe essa transição demográfica ocorre de forma ainda mais acelerada. Mais de 8% da população tinha 65 anos ou mais em 2020. Estima-se que essa porcentagem dobre até 2050 e exceda 30% até o final do século.
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Baseia-se em orientações anteriores, como a Estratégia Global e o Plano de Ação da Organização Mundial da Saúde sobre Envelhecimento e Saúde 2016-2020; a Declaração Política e o Plano de Ação das Nações Unidas de Madri sobre o Envelhecimento; e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) lidera a agenda concertada da Década do Envelhecimento Saudável nas Américas 2021-2030.
Com informações do site da Opas
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