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EGR anuncia recuperação de parte da RSC-287

O trecho de 97 quilômetros da RSC-287 entre Tabaí e Vale do Sol, passando por Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e Vera Cruz, será recuperado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). As obras estão orçadas em R$ 12,6 milhões e serão executadas pela empresa Coesul, de Porto Alegre, que será contratada formalmente durante solenidade prevista para a próxima quinta-feira, na Prefeitura de Santa Cruz.

Deverão participar prefeitos da região e o secretário estadual de Transportes, Pedro West-phalen. É aguardada a presença também do governador José Ivo Sartori (PMDB). A comitiva deverá aproveitar para visitar as obras do viaduto no antigo Trevo Fritz e Frida, paralisadas no meio da semana por caminhoneiros terceirizados que alegam estar sem receber.

O investimento na recuperação da RSC-287 foi confirmado nessa sexta-feira pelo prefeito de Santa Cruz, Telmo Kirst (PP), após audiência com Westphalen. “Desde já agradeço a vinda do secretário, pois é hora de resolver definitivamente a situação da 287”, disse o prefeito. O presidente da EGR, Nelson Lídio Nunes, assegurou nessa sexta-feira à Gazeta do Sul que os recursos – próprios da empresa – já estão disponíveis e os trabalhos devem começar imediatamente. O contrato terá validade de dois anos. “Este é o tempo máximo de duração das obras”, resumiu, dizendo que as melhorias devem ser realizadas entre os quilômetros 28 (Tabaí) e 125 (próximo ao trevo de Vale do Sol).

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De acordo com o presidente da EGR, ainda não está definido o ponto de início das obras. A tendência, no entanto, é que sejam atacados primeiro os trechos mais problemáticos. No caminho entre Santa Cruz e Tabaí há buracos e desníveis principalmente no interior de Venâncio, na região de Mariante. Um dos pontos críticos é o trecho de Bom Retiro do Sul, logo após a ponte sobre o Rio Taquari.

Vale quer a duplicação da rodovia

O investimento na recuperação do trecho mais movimentado da RSC-287 vem justamente no momento em que líderes do Vale do Rio Pardo voltam a cobrar com força a duplicação da rodovia. A região quer que o trecho Tabaí-Santa Maria seja incluído no plano de concessões rodoviárias do Estado – em fase final de elaboração pelo governo – para, aí sim, receber obras estruturais. 

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O entendimento unânime é de que a EGR não tem condições de investir no aumento da capacidade de tráfego da estrada, apenas na conservação. E o esgotamento da RSC-287 é apontado por estudos técnicos como o principal gargalo para o desenvolvimento regional. O receio é que se continuar por muito tempo sob os cuidados da estatal, a rodovia ficará ainda mais defasada. Empresários, prefeitos e vereadores estão empenhados em fazer com que a 287 seja entregue à iniciativa privada. A solenidade da próxima quinta-feira deverá servir para que o pedido seja reforçado. 

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