Bastou entrar na sala 506 da Escola de Educação Básica Educar-se, de Santa Cruz do Sul, na manhã dessa sexta-feira, 1º, para viajar no tempo. Durante o Café Literário, promovido pelas professoras Janesca Wegner, de Literatura, e Catiussa Martin, de Língua Portuguesa, estudantes do 2º ano do Ensino Médio puderam vivenciar um retorno ao século 19. Trajando figurinos de época, os grupos se organizaram em estações decoradas com requinte e muita criatividade. Tudo isso para compartilhar os conhecimentos acerca do Romantismo – Prosa.

Enquanto a coordenadora pedagógica Geovane Aparecida Puntel servia café aos grupos, eles encenavam conversas com autores e personagens de clássicos da literatura. No total, foram apresentadas 11 obras, entre elas Senhora, A escrava Isaura, O guarani e Lucíola. “Que não percamos, jamais, essa lindeza linguística”, disse Janesca enquanto caminhava pelo espaço, nos intervalos das encenações.

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Do romance Encarnação, de José de Alencar, Julieta foi uma das presenças ilustres no evento. Durante as apresentações, a personagem ganhou vida por meio da estudante Maria Gabriela Lemes da Silva, de 17 anos. “Viver a experiência do café literário vai ser algo que, com certeza, guardarei em minha memória. Desde o início da proposta, estava animada com a ideia. Senti-me como se estivesse mesmo em um café de época”, animou-se.

No outro lado da sala, Letícia Soares dos Santos, de 17, teve a oportunidade de conversar com José de Alencar enquanto ele escrevia a obra Iracema. Mulheres da alta sociedade, ela, a Augusta, e a amiga Lourdes, interpretada pela estudante Keyla Ravat, encontraram o romancista. “Quando a professora apresentou a ideia do Café Literário para a minha turma, fiquei com medo de não conseguir entregar. Mas valeu a pena no final. Todos realmente se dedicaram e fizeram um espetáculo”, disse.

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Segundo a professora Janesca, a preparação para a atividade ocorreu ao longo das últimas três semanas. “A literatura, na nossa escola, ocupa um lugar privilegiado nos planejamentos. Para este ano preparamos essa atividade inédita, partindo do interesse dos próprios alunos em realizar uma prática diferente.”
O resultado, de acordo com as educadoras envolvidas, foi positivo. “O que estava sendo trabalhado em aula culminou em um encontro muito enriquecedor. Os estudantes estão de parabéns pelo engajamento que demonstraram com a proposta”, afirmou Catiussa.

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