Categories: Vinícius Moraes

Educação infantil e tecnologias

Muito tem se discutido sobre o papel das novas tecnologias na educação infantil. Nesta discussão há pontos bastante divergentes, desde o banimento delas até o uso extensivo. Nos dias de hoje é difícil imaginar uma educação analógica em um mundo digital.


Essas tecnologias podem ter uma finalidade recreativa e educativa, que costumam ter menor duração e serem mais objetivas. Ou esses aparelhos eletrônicos podem ser usados como substitutivo da interação humana ou de atividades que requerem atenção de um adulto, se transformando na verdadeira “babá eletrônica”. Não resta dúvida que a tecnologia deve ser utilizada como ferramenta de integração e facilitação no aprendizado e nunca como substituição da atenção, cuidado e convívio humano.

A televisão é uma antiga e difundida forma de entretenimento tecnológico. Já existem recomendações para o controle do uso, pois de forma excessiva estaria associada a obesidade infantil e outros problemas de desenvolvimento. Modernamente, com a inserção cada vez maior de computadores, tablets e smartphones, tem se discutido também o impacto dessas tecnologias no desenvolvimento de crianças e adolescentes.

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Um fenômeno interessante é a quantidade de informação que há disponível através desses aparelhos. Infelizmente nem sempre essas informações são adequadas. Muita quantidade, nem sempre com qualidade e mostrando desde mentiras até o lado mais macabro e perverso do ser humano. Cabe aos pais filtrar esse conteúdo. Mas como filtrar se não estivermos atentos ao que eles estão assistindo e conectados? Por mais que tenhamos controle de conteúdo nas TVs, computadores e programas de controle de acesso nos computadores, a presença e a atenção dos pais ainda são insubstituíveis.

Outra grande discussão gira em torno do tempo de uso. Qual a dose ideal de tecnologia a que devemos expor nossas crianças? Para alguns pesquisadores, zero. O que na atualidade soa como algo impossível e até discutível por criar exclusão tecnológica. Talvez não seja para tanto. Fica a recomendação de só utilizar aparelhos eletrônicos quando estiverem junto de seus filhos e que o uso tenha uma finalidade específica, que pode ser um filme, um programa ou atividade, de preferência que possa ser compartilhada entre mais pessoas, inclusive os pais.

Videogames também trazem evidências que melhoram o raciocínio lógico, aptidões viso-espaciais, agilidade e atenção, assim como pode ser um ótimo momento de convívio familiar e social. Mas se utilizado de forma excessiva, a favorecer o isolamento social e com conteúdo violento, essas vantagens desaparecem e dão lugar ao prejuízo.

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A questão não é proibir o uso de tecnologias. A questão é dar alternativas mais ativas e participativas para as crianças, assim como ajustar o tempo e o conteúdo para a idade da criança. E isso exige mais presença e participação dos pais. Como toda a ferramenta, a tecnologia pode ser utilizado de forma adequada ou nociva. Depende muito de você.

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