Este final de semana remete a uma das datas mais importantes da história do Brasil: neste sábado, 7 de setembro, celebra-se o Dia da Independência, ocorrida em 1822. Como não poderia deixar de ser, é o instante fundador de uma nação. Entre nós, é uma oportunidade para refletirmos sobre a condição de sermos brasileiros, e de nos salientarmos perante os demais povos, com nossas riquezas e nossas virtudes.
E é justamente para avaliarmos o que consideramos como nossas riquezas e virtudes que a data é propícia. Em nenhuma outra nação, nenhuma outra riqueza é tida como mais importante do que a educação. Porque povo sem educação, povo pouco educado, ou povo que não valoriza a educação, fatalmente é povo pobre. Todos os demais dons e vocações de seus cidadãos só poderão ser salientados, fomentados, exercitados, se a educação for a eles oferecida, e se eles levam a educação a sério.
Estaremos mesmo levando a educação a sério? É uma pergunta oportuna em tempos de campanha eleitoral, porque ela se traduzirá nas prioridades e estratégias em cada município, pequeno ou grande. E, a bem da verdade, se desde o princípio nenhum candidato, seja ao Legislativo, seja ao Executivo, levar a educação a sério, exercitando-a em sua própria campanha, então estarão todos em maus lençóis.
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E educação irmana-se naturalmente com a cultura, a ponto de serem uma e a mesma coisa. Povo sem cultura é povo sem alma, e povo sem alma é zumbi, facilmente soprado, como folha seca, pelos ventos do acaso. Dele não se pode esperar que atribua valor à memória e tudo o que signifique preservação do patrimônio coletivo, uma vez que sempre se ocupará dos interesses individuais ou grupais.
Em termos de cultura, esta sem dúvida foi uma das semanas mais instigantes do calendário do ano. A realização, entre terça e sexta-feira, do 7º Festival Santa Cruz de Cinema projetou o nome de Santa Cruz do Sul (e com ela da região) para todo o Brasil. A efervescência em torno do audiovisual como elemento cultural e artístico e como fator de fomento do turismo é mais do que compreensível: nas telas da TV ou do cinema, a paisagem, a história e a memória de uma região viajam para o futuro, eternizam-se, cativam multidões. E a Gazeta do Sul, através de todas as suas plataformas de conteúdo, como fez em cada uma das edições anteriores, buscou divulgar e salientar ao máximo a programação.
Nesta edição, compartilhamos os vencedores e também a repercussão de tudo o que marcou a grande noite do encerramento do festival, nessa sexta-feira. Mas os reflexos do evento não se encerram por aí: o Magazine do próximo final de semana, por exemplo, vai trazer entrevista exclusiva com o escritor e cineasta Tabajara Ruas, que ficou por toda a semana em Santa Cruz, acompanhando o festival. São os efeitos positivos da arte e da cultura, que atraem os melhores e maiores realizadores. Boa leitura, e bom final de semana!
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