Em passagem por Santa Cruz nessa sexta-feira, 9, o candidato a governador Eduardo Leite (PSDB) voltou a defender a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, um dos temas centrais da campanha. Leite chamou de “demagógicas” as críticas de adversários tanto à esquerda quanto à direita ao acordo.
A fala ocorreu durante reunião com representantes de diversos setores na sede da Afubra. Ao mencionar o acordo com a União, Leite afirmou que nem o governo do PT e nem a gestão de Jair Bolsonaro (PL) ofereceram aos estados outra alternativa para resolver o problema da dívida. “O que [os adversários] estão defendendo é que não se cumpra um contrato que foi assinado nas mesmas regras dos outros estados”, alegou. O tucano ressaltou ainda que as parcelas da dívida só não foram pagas durante o seu mandato por causa de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a quitação justamente porque o Estado negociava a adesão.
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O acordo permite condições mais favoráveis para a retomada do pagamento da dívida, mas também implicará em contrapartidas que envolvem restrições à geração de novas despesas, o que motiva críticas de outros candidatos, como Edegar Pretto (PT) e Onyx Lorenzoni (PL).
Na palestra, Leite afirmou que o Estado se encontra hoje em uma situação fiscal superior à de quando tomou posse, o que atribuiu às privatizações e reformas estruturantes. O candidato também rebateu afirmações feitas por adversários de que esse alívio nas contas é consequência de aportes do governo federal durante a fase mais aguda da pandemia.
Leite defendeu as medidas restritivas impostas pelo Estado no início da pandemia, que à época foram criticadas por setores empresariais, e lembrou que o Rio Grande do Sul chegou a registrar 350 mortes por Covid-19 em um único dia. “Restringir a circulação de pessoas era uma forma de restringir a circulação do vírus. A ciência nos pressionava.”
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Ao final, o tucano falou sobre perspectivas para um novo mandato e disse que uma das prioridades será turbinar os aportes financeiros para qualificar as escolas estaduais. “Se nesse primeiro mandato fomos demandados para arrumar a casa, no segundo vamos cuidar da educação.”
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Leite também recebeu demandas de setores que estavam representados na reunião. Um dos documentos foi assinado conjuntamente por associações comerciais da região, com sete pedidos na área de infraestrutura, como a conclusão do asfaltamento da ERS-410, a construção de um terminal portuário no Rio Jacuí e de uma ciclovia na RSC-471 e investimentos no Aeroporto Luiz Beck da Silva. O presidente da ACI de Santa Cruz, Cesar Cechinato, alegou que outros municípios, com economia e população inferiores, já são atendidos por voos comerciais até São Paulo.
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Após a palestra, Leite foi questionado sobre as críticas que vem sofrendo de adversários por ter solicitado aposentadoria especial de ex-governador aos 37 anos – posteriormente, ele abriu mão do benefício. Esta semana, um programa eleitoral de Edegar Pretto (PT) comparou o montante que foi recebido pelo tucano com o preço da carne e do leite. “Quantas toneladas não seriam adquiridas com o que o Olívio Dutra e o Tarso Genro receberam desde que deixaram de ser governadores”, comentou.
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