O prefeito eleito de Rio Pardo, Edivilson Meurer Brum, concedeu uma entrevista coletiva na tarde de quarta-feira, 18, ao lado do vice, Rogério Monteiro. Recuperado de um mal-estar sofrido no domingo à noite, atribuído ao stress da campanha, ele afirmou que está revigorado e entusiasmado para retornar ao Executivo, após ter sido eleito em 2000 e 2004. Ele já havia sido eleito como vice em 1996 e vereador em 1992.
Edivilson credita a nova vitória a sua mensagem de esperança, baseada em três pilares: combate à corrupção, saúde e geração de emprego e renda. O recado foi acolhido e demonstrou o sucesso nas urnas, com 9.872 votos. “Vamos ter um time forte, com seriedade e transparência. Vamos devolver a dignidade e autoestima aos rio-pardense e devolver o valor pago em impostos com serviços públicos eficientes”, destacou.
A equipe de transição será liderada pelo vice, que irá dialogar com a prefeita Rosane Rocha. Após um diagnóstico, a nova gestão começará a compor o secretariado e definir as prioridades e estratégias para o início do próximo governo. “Dificuldades financeiras assolam a Prefeitura, com estiagem, pandemia e folha de pagamentos. Tudo isso vai refletir no ano que vem. Portanto, teremos um governo enxuto. Mas teremos compromisso com os rio-pardenses, que depositaram confiança na gente”, frisou.
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Para superar os problemas financeiros, Edivilson aposta nas boas relações com parlamentares – caso do irmão, o deputado estadual Edson Brum, e do deputado federal Alceu Moreira. Outro vínculo de amizade é com o ex-prefeito de Rio Pardo e atual secretário de Agricultura e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke. Outra forma de buscar recursos serão as viagens para atrair investimentos e prospectar a instalação de empresas no município.
Com a experiência acumulada em atividades na Sulgás, CRM, Famurs e Ministério da Agricultura, o prefeito eleito avalia que está amadurecido e modernizado para encarar o novo desafio. Enfatizou que levará as propostas de outros candidatos em consideração e reforçou a importância da participação popular, por meio de conselhos municipais. “Me sinto mais maduro, compromissado e responsável. Encontramos eco na comunidade e temos que mostrar como podemos fazer.”
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Edivilson garantiu harmonia com o Legislativo, apesar de ter apenas cinco dos 13 vereadores na base aliada. “Nunca tive um projeto rejeitado enquanto estive na Prefeitura, mesmo quando fui vice. Desejamos o mesmo êxito na nova administração. Os 13 eleitos querem o bem comum, independente do partido, não teremos dificuldade de formar uma ampla base”, comentou.
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Desafios
Uma questão delicada a ser tratada é o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo, impactado por supostas irregularidades no governo de Rafael Reis Barros. Para Edivilson, a economia retraída é a principal diferença em relação a 2016, quando o MDB encerrou a administração com Fernando Schwanke. O potencial para geração de renda, segundo ele, é a agricultura, responsável por 49% da arrecadação municipal.
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“Temos que focar na geração de empregos e prospecção de empresas nessa área. Outro fator é o balcão do empreendedor, que vamos implantar para agilizar as oportunidades e negócios. O dinheiro gerado vai ajudar muito na saúde e outras áreas essenciais”, projetou. Ele deseja implementar uma pedagogia voltada ao empreendedorismo na educação municipal, também para estimular aptidões nos jovens desde o Ensino Fundamental.
O turismo é outro setor relevante para Rio Pardo, por meio do Carnaval, Festa do Peixe, Semana Santa e temporada dos balneários. “O turismo de eventos é um ponto fundamental no emprego e renda. Atrai dinheiro de fora. Daremos atenção especial a essa área, por meio de parcerias público-privadas para a infraestrutura turística, que precisa ser mais eficiente, do taxista à rede hoteleira.”
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