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Edivilson Brum diz que trabalha na reestruturação

O prefeito de Rio Pardo, Edivilson Brum, resumiu os 100 primeiros dias de mandato durante uma coletiva de imprensa transmitida pela internet a partir da Prefeitura, na manhã dessa sexta-feira. O chefe do Executivo afirmou que a fase inicial do mandato foi de controle nos gastos e reestruturação da administração, após os desvios supostamente ocorridos na gestão de Rafael Barros, investigado por fraudes na área da saúde.

Conforme Edivilson, as secretarias não contavam com protocolos para definir o funcionamento de cada área. Já o valor total das dívidas ultrapassa os R$ 60 milhões, principalmente com fornecedores, INSS, FGTS e precatórios trabalhistas. “Por isso, este será um governo de transição. Vamos fazer tudo de forma transparente e objetiva. Com muito controle nos gastos públicos, aplicados com habilidade e sabedoria. Nossa satisfação é que estamos com a folha de pagamentos em dia”, destacou. A arrecadação mensal no primeiro trimestre foi de R$ 10 milhões.

Sobre a pandemia, Edivilson lamentou os 73 óbitos ocorridos no município. Segundo ele, o dinheiro que seria destinado à construção de uma UTI no Hospital Regional “foi roubado”. Há ainda, de acordo com o prefeito, R$ 1 milhão em recursos atrasados para exames e consultas com especialistas. Com a saída de Rio Pardo do cadastro de inadimplentes (Cadin) do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), o município recebeu R$ 2,3 milhões para investimento no ambulatório Covid, entre funcionários e equipamentos. Uma UTI móvel ainda foi viabilizada. Com 8 mil pessoas vacinadas, 20% da comunidade rio-pardense já foi imunizada.

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Somente com empréstimos, o endividamento da Prefeitura é de R$ 20 milhões. Com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), são R$ 150 mil, o que dificulta os convênios de estágio com as empresas. O auxílio funeral soma R$ 25 mil a ser pago, em um programa de assistência social. No Bolsa Família, segundo Edivilson, nem a senha havia sido repassada para que novos cadastros pudessem ser efetivados no sistema.

Por falta de projetos, R$ 100 mil deixaram de ser captados para a recuperação de estradas. Por meio do Conselho Municipal de Saúde, o prefeito foi informado que a reforma de um GM Celta havia custado R$ 17 mil, acima do valor patrimonial do veículo, que estava para ser leiloado como bem inservível. “Quero expor a situação real. A falta de controle, a falta de fiscalização e os desvios de verbas assolaram o nosso município”, enfatizou.

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Prefeito evidencia a geração de empregos
Apesar das dificuldades, Edivilson afirmou que melhorias foram realizadas. Citou que o patrolamento de estradas do interior chegou a 2 mil quilômetros em trabalhos emergenciais, para escoamento da safra, apesar de boa parte dos equipamentos estar sucateada. Além disso, um financiamento para pagamento do 13º foi quitado de forma antecipada, para redução de juros. Com isso, R$ 75 mil foram aplicados para serviços públicos.

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Um veículo foi adquirido para a Secretaria de Educação, com o intuito de entregar kits aos alunos que moram em locais de difícil acesso, para que possam manter o ensino a distância. A Educação ainda reativou um programa para atendimentos de autistas.

O prefeito destacou também que um prédio foi cedido para uma linha de produção nova da Europan, o que gerou cerca de 50 empregos. Além disso, outras 100 vagas foram criadas por meio da agência local do FGTAS/Sine. Para as famílias afetadas pela estiagem, foram destinadas 400 bombonas de água. Há um cadastro na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a perfuração de dois poços artesianos, com mão de obra do Exército.

O serviço de zeladoria foi incrementado e uma limpeza geral foi realizada no perímetro urbano. No interior, 200 bebedouros foram destinados aos produtores rurais. Telefones funcionais foram cortados e uma economia de R$ 10 mil foi registrada. A pavimentação já ocorreu em cinco ruas.

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Edivilson comentou que há contatos para a aquisição de equipamentos. Serão duas retroescavadeiras que virão por meio do secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke, e outra retroescavadeira por meio de emenda do deputado federal Marcelo Moraes. Também virão três respiradores, por intermédio do deputado federal Maurício Dziedricki; um caminhão, pelo deputado federal Lucas Redecker, para o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA); um caminhão para atendimentos no interior, pelo deputado federal Marlon Santos, e também uma escavadeira hidráulica e uma retroescavadeira, pelo deputado federal Giovani Feltes.

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Recuperação econômica e ERS-403
Com a economia impactada pela pandemia, Edivilson firmou uma parceria com a Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acis) para aumentar o prazo do pagamento de taxas e contribuições dos empreendimentos e estabelecimentos. Outra parceria, com o Portal de Compras, vai capacitar pessoas que desejam tornar-se fornecedores da Prefeitura. “De tudo o que foi comprado no ano passado, 85% era de fora do município. Por isso, queremos qualificar pequenos e médios empreendedores”, sublinhou. Um projeto foi enviado à Câmara de Vereadores para aprovação de uma linha de crédito de até R$ 15 mil para beneficiar os empresários afetados.

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A Prefeitura ainda vai buscar a retomada da concessão das estações férreas Central e Ramiz Galvão, para movimentar o turismo local por meio de atrativos culturais, com recursos captados por lei de incentivos. A Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário também deve ser restaurada. Sobre a ERS-403, Edivilson disse que os recursos do trecho 2 foram repassados para o trecho 1, no sentido Cachoeira do Sul–Rio Pardo, por conta da maior confiabilidade na Conpasul, empresa responsável pela pavimentação. “Logo após a conclusão, o Daer vai se comprometer com a manutenção do trecho 2, da Escola João Habekost em diante. Depois, fará um projeto e licitação para outra empresa assumir o sentido Rio Pardo–Cachoeira do Sul”, concluiu.

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