A solução para o drama da Escola de Ensino Médio José Mânica parece ter avançado. Há uma década, a instituição aguarda por ações do governo do Estado. O projeto para substituir o prédio principal, que foi demolido em 2012, foi encaminhado para a Central do Licitações (Celic).
O anúncio foi feito pelo vereador Carlão Smidt (PSDB) na sessão de segunda-feira, 6, na Câmara. O Departamento de Obras Públicas do Estado confirmou à Gazeta do Sul, acrescentando que o edital deve ser publicado nos próximos dias. Assim, a obra pode iniciar ainda neste ano.
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O projeto prevê um bloco de dois pavimentos, interligado ao prédio já existente por uma passarela coberta, Serão dez salas de aula, sanitários, laboratórios, cozinha e refeitório, além de ambientes para os setores administrativos. No total, a construção terá cerca de 1,5 mil metros quadrados.
Conforme a diretora de Obras do Estado, Caroline Rigon Benedetti, a proximidade do período eleitoral não deve atrasar o processo, visto que a obra foi classificada como uma reforma emergencial. Essa condição faz com que não haja vedação prevista na legislação.
Caroline também assegurou que há reserva no orçamento estadual para a construção. O custo estimado é de R$ 4,6 milhões, mas vencerá a concorrência pública a empresa que apresentar a melhor oferta. O prazo para conclusão, a partir do início dos trabalhos, é de oito meses.
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Solução provisória
Desde a demolição do antigo prédio, que teve de ser interditado às pressas porque estava tomado de rachaduras, mais da metade dos alunos têm aulas em salas modulares inauguradas sete meses depois. Com a lentidão causada pelas dificuldades financeiras do Estado, a solução provisória se arrastou até o fim do governo Tarso Genro (PT) e por toda a gestão de José Ivo Sartori (MDB).
O projeto atual começou a ser elaborado no governo Eduardo Leite (PSDB). Desde o fim do ano passado, os técnicos da Secretaria de Obras trabalhavam na elaboração da planilha orçamentária – que, segundo Caroline, era uma “demanda bem complexa”.
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De acordo com a diretora, ainda não está definido se a estrutura modular será desativada após a entrega do novo prédio. Em seu pronunciamento na Câmara na segunda-feira, Carlão disse que o encaminhamento do projeto é uma “excelente notícia”. Ele descreveu o impasse de dez anos como “uma novela mexicana.”
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Direção comemora, mas ainda tem cautela
Embora a notícia do avanço do projeto tenha alegrado a comunidade escolar, o diretor do Mânica, Vinicius Finger, afirmou que a pressão sobre o Estado deve continuar. “É um grande passo para conseguir o nosso prédio, mas já tivemos promessas que não foram cumpridas. A comunidade vai celebrar não quando tivermos a obra iniciada, mas quando o prédio estiver pronto para ser utilizado pelos alunos.”
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Atualmente, dos 430 alunos da instituição, em torno de 250 têm aula nas salas modulares. A estrutura, porém, enfrenta limitações e problemas de manutenção que precisam ser amenizados com a verba de autonomia da escola. “Trabalhamos para fazer reformas e manter a segurança e a qualidade. Porém, como não é uma estrutura feita para durar muito tempo, o atendimento, do ponto de vista estrutural, fica precarizado”, disse.
No ano passado, diante da demora na entrega do projeto, a Prefeitura chegou a cogitar assumir a gestão da escola. A ideia, contudo, enfrentou resistências entre as famílias e a equipe da instituição. Um dos motivos é o risco de isso comprometer a oferta de Ensino Médio, já que se trata de atribuição exclusiva do Estado, segundo a Constituição Federal.
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