A música foi a grande aposta da vida do santa-cruzense Edinho Nascimento. Aos 44 anos, e depois de atuar em inúmeras formações, na companhia de amigos e colegas da arte, começa a investir cada vez mais em uma carreira solo, no formato voz e violão. Em paralelo, alimenta um novo projeto: atuar ao lado de seus dois filhos, em uma banda familiar. São os planos atuais e futuros de um exímio artista, multi-instrumentista e professor, hoje contribuindo para a formação e o aprimoramento de pessoas de todas as idades.
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Edinho (ou Elmes Edenir, como consta na certidão) nasceu e cresceu no Bairro Arroio Grande, no dia 18 de junho de 1979, filho de Elói do Nascimento (já falecido) e Maria Marli do Nascimento. Teve ainda um irmão, Jodenir, já falecido há quase duas décadas. Edinho diz que seu avô por parte de mãe chegou a ter uma banda de baile em Passo do Sobrado, junto ao Salão Tamandaré, e ainda que alguns de seus tios paternos costumavam animar encontros com instrumentos. Deve ter vindo daí a sutil influência para que, ainda na infância, ele sentisse despertada a vontade de ser músico.
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Por volta dos sete anos, na casa de um amigo do seu pai, deparou-se com um cavaquinho. Tanto se fascinou que acabou por ganhar ele de presente. Enquanto ia para a escola no vizinho Colégio Luiz Dourado, onde fez estudos de ensino fundamental e médio (este acabou interrompendo), mais e mais se ampliava a sua curiosidade artística. Como já começou a tocar profissionalmente por volta dos 15 anos, no antigo Café Floriano, no final já não era mais possível conciliar estudo e música. Não teve jeito: esta venceu.
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Foi aprendendo tudo, de tudo, o tempo todo: violão, bateria, cavaquinho, percussão, gaita de boca, guitarra, baixo, teclado, trompete… A lista não para de crescer. A companhia de mestres, como Dênis Job, Astor Rocha, Jairo Padilha e outros, só fazia crescer seu fascínio pela arte. Mais de uma vez cogitou ingressar como aluno na Academia Evidências. Quando finalmente entrou ali, veja só, foi logo para ser professor.
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E vieram as bandas e os grupos. Primeiro, o pagode com o Raça Júnior, e já com gravação de CD. Depois, a orquestra Cassino, na qual permaneceu por mais de dez anos, em percussão, trompete, bateria, vocal. Adiante, ainda a gravação de CD de chorinho, com o Chão de Estrelas. E, claro, as apresentações ao lado de Dênis Job e Sérgio Carvalho, no Trio Maracangalha, e com a banda Trama.
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Atuou ainda junto à banda Mocidade, de Rio Pardo, e ao Pura Cadência, de Porto Alegre, com o qual gravou até DVD; aproximou-se dos icônicos Arte Popular, Cupim na Mesa, Grupo Sensação, Chrigor, Délcio Luís, entre outros, experiências que lhe davam cada vez mais desenvoltura. Dessas andanças pelo pagode e pelo samba surgiu a ideia de mais uma incursão, desta vez pelo rádio: por muitos anos apresentou o programa Pagodão na Rádio Gazeta FM 101,7, vivência que avalia como muito especial.
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Tanto que até hoje acham que ele é basicamente pagodeiro. Mas não. Seu chão é toda e qualquer música boa, em especial MPB e pop/rock. Espelha-se em ícones como Djavan, João Bosco e Jorge Vercilo, a quem inclusive acompanhou em turnê pelo Estado. E é por essa predileção musical que agora alimenta o plano de investir mais na carreira solo, em apresentações de ambientação. E, claro, quer concretizar uma banda ao lado dos filhos Iago, de 14 anos, e Ravi, de 13. Diz que teve a inspiração de, ao lado dos filhos, formar a banda Três Nós.
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Em paralelo, se apresenta com amigos, e tem investido na gravação de álbuns que hospeda no streamming. O mais recente é Fuzuê, releitura da obra de Tiago Iorc. No início de 2024, ele e a companheira Silvane Severo pretendem realizar um show em auditório para marcar seus 25 anos de parceria com a música. E, claro, recebe alunos em sua escola particular (Inside Music), junto à qual montou caprichado estúdio, no qual grava suas canções.
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Cinco músicas referenciais para Edinho:
- Faltando um Pedaço (Djavan)
- Te Gosto (Fundo de Quintal)
- Mia (Nahuel Pennisi)
- Monalisa (Jorge Vercilo)
- Como me Duele Perderte (Glória Estefan)
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