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Economistas divergem sobre eficácia de medidas anunciadas pelo governo

Economistas consultados pela Agência Brasil divergem quanto à possibilidade de as medidas anunciadas nesta quinta-feira, 15, pelo governo reativarem o crescimento econômico. Entre outras ações, o presidente Michel Temer e a equipe econômica anunciaram um programa de regularização tributária para pessoas físicas e jurídicas em débito com o Fisco e medidas de desburocratização para pequenas empresas.

Braga diz que as medidas para pequenas empresas são especialmente importantes. “Focam nas micro e pequenas empresas, o que é muito salutar. É um segmento que, se reagir, pode gerar empregos”.Para o economista Gilberto Braga, do Ibmec-RJ, o pacote é positivo e ajuda a começar a reverter o pessimismo. “Eu acho que são medidas que vão fazer efeito a médio prazo. Elas não são de alto impacto macroeconômico. Mas, em conjunto com a aprovação da PEC Teto dos Gastos [aprovada na terça pelo Senado e promulgada hoje] e a discussão da reforma da Previdência dá uma sensação de que o governo começou a trabalhar de fato. Pode desanuviar o ambiente para 2017”, acredita.

Para o economista Roberto Piscitelli, professor do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB), o programa de regularização tributária das empresas anunciado no pacote é “discriminatório” porque o governo facilita a quitação de débitos tributários enquanto pede sacrifícios ao trabalhador, como a reforma da Previdência. “Está se sacrificando tanto o trabalhador e você dá um alívio para as empresas pagarem suas dívidas tributárias”, comenta.

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Sobre uma outra medida anunciada nesta quinta, de autorizar o preço diferenciado dependendo da opção do consumidor pela forma de pagamento – à vista ou com cartão de crédito – o economista diz não acreditar que ela estimulará a redução de juros do cartão como pretende o governo. “A Selic [taxa básica de juros da economia] está caindo e o juro do cartão continua aumentando. É um problema de estrutura do sistema financeiro, falta de concorrência, oferta limitada de crédito”, defendeu.

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