Em funcionamento desde novembro de 2024, a ecobarreira instalada no Arroio Lajeadinho, próximo ao Bairro Várzea, em Santa Cruz do Sul, começa a mostrar os primeiros resultados positivos. O projeto tem como objetivo evitar o avanço de resíduos plásticos que poderiam chegar ao Rio Pardinho e, eventualmente, ao mar. O curso d’água, nasce em Alto Linha Santa Cruz e passa pelo Bairro Renascença
O equipamento foi instalado pelo Instituto Binemac. De acordo com Vinícius Machado, diretor da organização, a barreira tem sido eficaz em reter o lixo flutuante, mas tem retido em maior quantidade o esgoto. “Temos conseguido remover o lixo, realizando o trabalho de despoluição, mas em relação ao esgoto, ainda não há muito o que podemos fazer. Por enquanto, estamos liberando o esgoto, mas já estamos avançando em negociações para implementar um sistema de tratamento no local”, explica Machado.
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Uma possível solução para o problema do esgoto seria a instalação de uma fossa com filtro, utilizando evapotranspiração e o circuito de bananeiras para tratar o esgoto diretamente no arroio. “Essa instalação já foi autorizada e ocorrerá em uma propriedade privada, no ponto onde a ecobarreira está instalada”, complementa o diretor.
Na última semana, o instituto realizou um teste em que reteve a água na ecobarreira por aproximadamente 4 a 5 dias, sem liberar nenhum resíduo, permitindo apenas a passagem da água filtrada por baixo do equipamento. Durante o processo, foi realizado um voo com drone, cujas imagens mostraram um resultado positivo. “O arroio estava bem mais limpo do que o Arroio Jucuri, que se encontra um pouco mais abaixo e dá origem à Sanga Preta. Observamos que, devido à ecobarreira, o Lajeadinho estava visivelmente mais limpo, o que foi confirmado por testes feitos no local”, relata Machado.
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O Instituto Binemac também planeja intervenções na Sanga Preta, que recebe água da Sanga Schultz. Para isso, já está em andamento um projeto para instalar mais ecobarreiras e realizar melhorias tanto no Arroio Jucuri quanto na Sanga Schultz, com o objetivo de recuperar a Sanga Preta. “Nosso objetivo é melhorar a qualidade da água dessa área, tratando o esgoto e o lixo, além de promover o plantio de mata ciliar”, finaliza o diretor. O instituto também busca parceiros para auxiliar na implementação desse projeto.
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