Quase não dá para acreditar. Achegam-se os 30 anos da Conferência da ONU realizada no Rio de Janeiro, então o “centro do mundo”. Na verdade, além dos eventos simultâneos, foram duas conferências: a oficial e a paralela. Na primeira, instalada em Jacarepaguá, 179 chefes de Estado se fizeram presentes, acompanhados por suas comitivas. Já no aterro do Flamengo aconteceu o popular Fórum Global. Em alguma medida, as duas se complementaram. Enquanto uma exigia diligências protocolares e empenhos diplomáticos, a outra se iluminava em criativa espontaneidade. De ambas resultaram momentos inesquecíveis. Cientes de que acontecimentos desse porte começam antes do evento em si e seguem além dele, fica a pergunta: o que ficou do que ocorreu nas duas primeiras semanas de junho daquele ano de 1992?

Realizada 20 anos após o encontro de Estocolmo, a Conferência do Rio se debruçou sobre a ambiência do mundo, firmando convenções importantes acerca da biodiversidade e das mudanças climáticas. Notável foi o acordo em torno da “Agenda 21”, que definiu ações, metas e meios na busca pela sustentabilidade e pela educação ambiental.

Por sua vez, no Fórum Global, entre manifestações as mais diversas, emanava um fervor contagiante de resistência e responsabilidade socioambiental. Pessoas e ONGs do mundo inteiro fluíam por entre estandes e tendas, como a do “Planeta Fêmina” e a da “Comissão Indígena Internacional.”

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Muito mais se deveria relatar das duas conferências, até porque as que viriam a ocorrer seguiram na esteira da ECO-92, assim como esta bebeu das fontes já em curso, particularmente no que tange ao Desenvolvimento Sustentado, este não envernizado nem deturpado pelo capital acumulativo.

O encontro planetário foi mais do que um marco; foi uma surgência para um mundo em gestação, que conclama a todos. No zelo à natureza, todos somos corresponsáveis, pessoas físicas ou jurídicas, movimentos, associações, organizações governamentais ou não. Ficou muito das Conferências, especialmente a percepção, apesar de nossos erros e fracassos, de que a natureza pode nos unir e nos tornar menos desiguais, e melhores e mais felizes.

Também permanece um triplo reconhecimento: aos Maristas, que, através do Colégio São Luís, nos ofertaram acolhida no Rio; aos órgãos de imprensa, que nos proporcionaram generosos espaços; e às pessoas e instituições que nos acompanharam nas transmissões do evento.

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Tudo somado, a magia da ECO-92 segue necessariamente esperançosa.

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Marcio Souza

Jornalista, formado pela Unisinos, com MBA em Marketing, Estratégia e Inovação, pela Uninter. Completo, em 31 de dezembro de 2023, 27 anos de comunicação em rádio, jornal, revista, internet, TV e assessoria de comunicação.

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