O Brasil tem dois casos suspeitos confirmados de coronavírus: um em Minas Gerais e o outro em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Há ainda um caso no Paraná que está sendo revisado e, por enquanto, não é considerado como suspeito. A informação foi repassada pelo secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo Reis, em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 29.
Ele afirma que o país não está ainda em grau máximo de alerta. “Isso deve ocorrer quando tivermos casos confirmados”, explica. Mesmo assim, o governo se prepara para a situação. “É questão de tempo para os primeiros casos confirmados aparecerem. Para isso precisamos ter capacidade de diagnóstico, oferecer o atendimento às pessoas nos hospitais com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)e, principalmente, avaliar o que podemos fazer para que os casos confirmados não transmitam o vírus para um número significativo de pessoas”, salienta.
Dentre as recomendações já colocadas, Gabbardo diz que são as mesmas da gripe: quando tossir ou espirrar, colocar o antebraço no rosto. “Nunca as mãos, porque as mãos têm uma capacidade maior de transmissão”, ressalta. Também se estiver doente não ir até ambientes com muitas pessoas ao mesmo tempo; evitar compartilhar utensílios domésticos como copos, talheres, por exemplo; e lavar as mãos com frequência. “Importante falarmos da questão da transmissão por aerosol, que é quando a pessoa espirra dentro de um ônibus, por exemplo, e espalha essas gotículas com o vírus podendo contaminar todas as pessoas que estão naquele ônibus,” alerta.
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Cura
O coranavírus ainda não tem cura. “Tratam-se os sintomas, pois até o momento não existe uma medicação efetiva para tratar a infecção.” Ele lembra que casos de coronavírus já foram registrados no passado mas, agora, o vírus sofreu uma alteração genética. “O nosso organismo não reconhece. Não tivemos o contato e não temos anticorpos. Não sabemos como é a reação do corpo humano com o vírus.”
Gabbardo acredita que nos próximos meses deve aparecer um medicamento antiviral para o tratamento. “Entre 90 e 120 dias pode surgir uma vacina para o coronavírus.”
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“Qualquer pessoa que vem da China e apresenta os sintomas é considerada como caso suspeito”
Para tentar conter a contaminação, o Brasil trata como suspeito e investiga o caso de qualquer pessoa que tenha vindo da China e apresente os sintomas de gripe. “Antes se falava apenas daquelas pessoas que passavam por determinadas províncias, mas hoje isso vale para toda a China. Se esse indivíduo veio em um voo, temos que saber quem estava no avião, quais os familiares dessa pessoa e monitorar todos”, enfatizou.
Além disso, Gabbardo orienta que viagens para a China sejam evitadas. “Quem tem negócios evite o contato físico, tente fazer a negociação por outro meio. Já viagem a turismo nem se fala, é impensável.”
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