Categories: Geral

É pouco provável que bandeira tarifária de energia mude durante o verão, diz ONS

A bandeira tarifária da energia elétrica deve continuar verde durante o verão, ainda que a expectativa seja, como acontece todo ano, de aumento do consumo, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “Acho improbabilíssimo que a gente mude a bandeira durante o período úmido (de novembro a abril)”, afirmou o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, que recebeu a imprensa para fazer um balanço da operação do sistema elétrico neste ano.

Com a economia fraca, o consumo está caindo e o sistema elétrico, em 2016, por outro lado, contou com o reforço de 9.130 megawatts (MW) de novas usinas, a maioria delas hidrelétricas. Como resultado, o consumo se manteve estável em relação a 2015, em 64,6 mil MW médios. No ano que vem, no entanto, o cenário muda, e a carga deve começar a crescer, acompanhando um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5%, estimado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A previsão é de alta do consumo de 2,2% em 2017, o início de um processo de retomada. Em 2018, a carga deve crescer 3%; em 2019, 3,2%; em 2020, 3,6%; e em 2021, 4,4%. “Não vislumbro risco de déficit num universo de cinco anos. E, até mais para frente, não acredito que haja risco”, afirmou Barata.

Publicidade

Enquanto a economia se mantém em marcha lenta, os reservatórios de hidrelétricas se recuperam e o governo aproveita para avançar nos estudos de retomada de projetos de construção de hidrelétricas, sobretudo, na região Norte do País, segundo o diretor-geral do ONS. Esses projetos, como o do complexo do Tapajós, estavam suspensos por conta das implicações socioambientais.

De acordo com o ONS, as térmicas, que produzem energia mais cara, só devem ser uma opção em situações pontuais, provavelmente, na região do Nordeste, onde o cenário é mais crítico do que no restante do País. Mas, mesmo para as usinas da Bacia do São Francisco, cujos reservatórios atingiram os mais baixos níveis já registrados, as perspectiva é de recuperação gradativa, diante de uma projeção de efeitos mais brandos do fenômeno climático La Niña.

O nível de ocupação dos reservatórios no Nordeste chegou a 5%, em 2015, mas subiu para 17% em 2016. No Sudeste/Centro-Oeste, está em 36%; no Sul, em 69%; e no Norte, em 13%.

Publicidade

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

Share
Published by
Naiara Silveira

This website uses cookies.