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E o pombo dançou!

Fiquei triste com o desfecho da participação (decepcionante) da nossa seleção em mais uma Copa do Mundo. Surpresa? Nenhuma. Se passássemos pela Croácia, perderíamos contra o próximo adversário.
É bom distinguir: temos o direito de sermos passionais – e somos mesmo – quando se trata de nosso clube do coração. Mas a seleção do nosso País está em outro patamar. Ela representa a nossa Pátria diante do mundo. Ela veste as cores da nossa bandeira e faz ecoar nosso hino em estádios e lares no mundo inteiro.

Por isso, mais como cidadão do que torcedor, me autorizo a opinar sobre mais um fracasso da nossa seleção. Vamos por passos: o grupo de jogadores que atuou nos belos estádios do Catar em nome do nosso País te representou como cidadão brasileiro? Estávamos a três jogos da final e eu ainda não reconheceria pelo menos a metade dos nossos atletas. Nem suas fisionomias, nem sua origem, sua história e nem os clubes onde atuam.

Culpa deles? Claro que não. Estavam lá por escolha do nosso técnico, que é bem pago para ver jogos em estádios mundo afora e garimpar prodígios de chuteiras que possam vir a alimentar nossas ilusões.
Questiono as escolhas do nosso técnico – que convocou um lateral que ele não escalou nem como substituto quando precisou – e sua concepção faceira de jogar contra seleções muito mais experientes.

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Até aos olhos de um amador, como eu, era visível que o Brasil  perderia o jogo contra a Croácia no meio de campo. Que o melhor jogador da última Copa do Mundo, o Modric, foi maestro em campo desde o primeiro minuto sem nenhuma providência tática da nossa comissão para neutralizar seu império técnico.
Sinceridade: quando vi meio time com os cabelos oxigenados, me deu mau pressentimento. O foco saiu da mente e foi parar no topete? – me questionei. Sei lá!

Assim como não sei se não foi a dança do pombo – ridícula ao meu ver – que tonteou e confundiu as ideias do nosso técnico, que atirou a equipe ao ataque, faceirinha, sem resguardar o meio de campo e a defesa.

Vimos esse filme oito anos atrás, quando o então comandante achou que deveríamos “amassar” a Alemanha. Perdemos por 7 a 1. Mas era a Alemanha, que seria campeã do mundo. Não a Croácia, com todo respeito, mas que não tem a tradição do Brasil no cenário mundial.

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O final não poderia ser diferente: vi alguns jogadores apertando pálpebras para fazer escorrer uma lágrima, outros franzindo a testa para produzir uma imagem de decepção, e nada mais.
Deviam estar mesmo pensando nas suas carreiras (milionárias). Sofrer? É para idiotas!

O que fazer? Torcer que tudo acabe logo e que os próximos quatro anos passem rápido. É o tempo que nos separa de uma nova Copa do Mundo. E talvez de outros personagens que nos representem em campo.

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caroline.garske

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