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Dinheiro

É o cartão de crédito que controla a sua vida

É fato que, cada vez mais, o brasileiro vai tomando gosto pelo “dinheiro de plástico”. É raro encontrar alguém que não tenha, pelo menos, um cartão de crédito na carteira, quando não dois ou até mais. De fácil aquisição – geralmente, é oferecido aos clientes – e de ampla aceitação, o cartão de crédito assume, também, o papel de vilão das finanças pessoais e familiares, pelos juros exorbitantes que cobra, quando o usuário atrasa o pagamento da fatura, entra no rotativo ou, pior ainda, fica inadimplente. Na verdade, o grande perigo do cartão de crédito, se faltar moderação e principalmente controle, é usá-lo como forma de financiamento. Utilizar o limite do crédito oferecido, sem dó nem piedade, às vezes, até por necessidade, e, na hora de quitar a fatura, aproveitar a sugestão da operadora e pagar só o valor mínimo, rolando o saldo para o mês seguinte, é começar a viver perigosamente. Com novas compras, somadas ao saldo anterior que não foi pago, é provável que as dívidas do cartão se transformem em verdadeira “bola de neve” – um pesadelo!  Neste momento, o cartão passa a controlar a vida do usuário que, praticamente, é refém de uma ferramenta que deveria servir para facilitar sua vida.

Além dos juros exagerados que os bancos cobram, nas situações anteriormente descritas, e sobre os quais o Banco Central  não detém qualquer atribuição legal para fixar  ou intervir para que sejam menores, variando de instituição para instituição, desde junho de 2011 só poderão ser cobradas cinco tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de crédito: 1ª) anuidade; 2ª) emissão de 2ª via do cartão; 3ª) na função de saque; 4ª) para pagamento de contas; e 5ª) no pedido de avalição emergencial do limite de crédito. Desde junho de 2011, também, o valor mínimo de pagamento não pode ser inferior a 15% do valor total da fatura; ao optar pelo pagamento mínimo ou não pagar toda a fatura no vencimento, o cliente estará contratando uma operação de crédito, sujeita à cobrança de juros sobre o saldo não liquidado. Vale acrescentar, ainda, que é proibido o envio, pelas instituições financeiras, de cartão de crédito sem prévia solicitação ou autorização do cliente.

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Muitas pessoas usam o cartão de crédito para pagar contas. Além de ganhar maior prazo para desembolsar o dinheiro, a possibilidade de ganhar milhas nos programas oferecidos pelas operadoras de cartão também se tornou um atrativo. Do ponto de vista prático, de tempo e benefícios indiretos, parece uma ótima ideia. Entretanto, alguns bancos chegam a cobrar R$ 16,00 por cada operação, o que torna a alternativa financeiramente comprometida. Além disso, o argumento de acumular mais milhas talvez não compense o gasto final.

Quem tiver filhos crianças ou adolescentes ou é responsável por eles, pode recorrer aos cartões de crédito pré-pagos para adiantar algum dinheiro ou pagar a mesada. Com isso, estará contribuindo com a educação financeira dos menores e ser mais fácil controlar os gastos deles.

Uma das grandes armadilhas do cartão, raramente percebida ou comentada, é mascarar o ato de gastar. Ao pagar qualquer coisa com o cartão, mesmo que seja no débito, não se tem a percepção psicológica do dinheiro que está saindo da conta. Se fosse pagar com dinheiro, talvez a pessoa ficasse com pena de tirar a cédula da carteira e pensasse um pouco mais antes de realizar a compra.

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Mandar ver no cartão de crédito é, muitas vezes, a única forma de consumir, mesmo sem ter dinheiro, o que pode gerar problemas, como dito anteriormente.  Por isso, para manter o controle  sobre o cartão de crédito e usá-lo de forma mais precavida, vale observar algumas dicas: 1ª) estabelecer seu próprio limite, mesmo que o limite disponível seja maior: não deve ser superior a 50% da renda mensal; 2ª) negociar as tarifas; 3ª)  pagar o valor total da fatura até o vencimento; 4ª) controlar os parcelamentos feitos no cartão;5ª) ter um ou, no máximo, dois cartões; 6ª) cuidar da senha e com as compras em sites da internet; 7ª) jamais emprestar o cartão.

Além de facilitar os pagamentos, inclusive em várias parcelas, e dispensar o uso de maior quantidade de dinheiro, o cartão de crédito, usado de maneira consciente, permite maior controle sobre os gastos e melhor gestão do orçamento, sem falar nos ganhos secundários, como programas de recompensa ou milhagens. Em resumo, para manter o controle sobre o cartão de crédito, saber que, 1º) trata-se apenas de uma ferramenta ou um meio de pagamento; 2º) requer organização e bom senso; 3º) exige controle rígido do orçamento. Então, antes de usar o cartão de crédito na hora de gastar, é bom usar a cabeça o que uma boa educação financeira pode ensinar. A DSOP – Educação Financeira desenvolveu uma metodologia própria, já testada e comprovada por milhares de pessoas, em todo o Brasil e até no exterior, disponível para ajudar nessa área tão importante: a financeira.

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