Tão importante quanto viabilizar a reciclagem é colocar em prática os hábitos de consumo consciente em nosso dia a dia. A tarefa é desafiadora, mas fundamental para o meio ambiente. O plástico, por exemplo, leva pelo menos cem anos para se decompor na natureza e responde por 70% da poluição dos oceanos por resíduos sólidos. No entanto, tem grande potencial de reciclagem e a maior parte dele pode ser reutilizada.
Há apenas alguns tipos de plástico que não são recicláveis, caso do EVA, das embalagens a vácuo e metalizadas, fraldas descartáveis e absorventes, cabos de panela, adesivos e plásticos termorrígidos. Portanto, para amenizar os danos à saúde humana e ao meio ambiente, podemos fazer a nossa parte e reduzir a quantidade de plástico que consumimos e, sobretudo, descartamos.
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A engenheira ambiental da Associação Pró-Ensino de Santa Cruz (Apesc), Andréia Ulinoski Pereira, explica que cada tipo de plástico tem um tempo de decomposição diferente, dependendo da sua composição. “Diversos fatores interferem nesse processo, tais como temperatura, umidade e oxigênio. Estudos revelam que sacos e sacolas plásticas levam mais de cem anos para se decompor, fraldas descartáveis demoram cerca de 450 anos e garrafas plásticas, de 200 a 600 anos”, ela informa.
Além das embalagens, o plástico também está presente em vários produtos, como nos fios de roupas, tintas, acabamentos de móveis, seringas e esmaltes de unhas, entre outros. Diante disso, é quase impossível afirmar que um dia ele poderá ser extinto do cotidiano. Mas a dica, de acordo com Andréia, é reduzir ao máximo seu consumo e optar por embalagens recicláveis.
“O recomendável é escolher produtos com poucas embalagens e evitar o uso de plásticos descartáveis, como os canudinhos, que são utilizados durante pouco tempo antes de serem jogados fora. Outra dica é escolher sacolas de pano ou caixas de papelão para levar as compras. Ao comprar refrigerantes, prefira as garrafas retornáveis. Quando não for possível evitar o consumo de plásticos, é muito importante que o descarte seja feito adequadamente”, aconselha.
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A especialista alerta que o descarte dos resíduos plásticos de forma indiscriminada também provoca a contaminação do solo e dos rios, ameaçando o equilíbrio ambiental. “O plástico representa uma ameaça à vida aquática, já que muitos desses materiais acabam indo parar em rios e os animais, frequentemente, ingerem os resíduos, confundindo-os com alimentos. Além disso, o plástico descartado de forma incorreta compromete a paisagem, degradando a qualidade dos recursos hídricos”, esclarece.
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