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HOMICÍDIO EM VERA CRUZ

“É meu sangue! Isso não vai ficar assim!”, disse autor antes de assassinar segurança

Segurança Ederson Rosa Alves foi assassinado dentro de um bar na localidade de Rincão da Serra, interior do município | Foto: Divulgação

Aproxima-se de uma conclusão o inquérito policial sobre o único homicídio registrado em Vera Cruz durante este ano. Ainda nesta semana, a delegada Lisandra de Castro de Carvalho irá encerrar o procedimento e remeter o caso ao Ministério Público, que dará sequência ao processo. O crime aconteceu na madrugada de 23 julho, em um bar na localidade de Rincão da Serra, interior do município.

Por volta de 00h10, o segurança Ederson Daniel da Rosa Alves, de 35 anos, foi assassinado a tiros de revólver por um homem de 40 anos. A vítima fazia a guarda de uma festa que ocorria no estabelecimento. Entre as informações apuradas nos últimas dias está o depoimento de uma pessoa considerada testemunha-chave no caso, que viu toda a dinâmica.

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Segundo ela, houve desentendimento e briga entre vítima e autor. O segurança utilizou um cassetete de madeira para desferir um golpe, que fez a cabeça do homem de 40 anos sangrar. Tomado pela raiva, o acusado então teria dito: “É meu sangue! Isso não vai ficar assim!”. Em seguida, saiu ferido, correndo para sua casa, que fica nos fundos do bar onde ocorria a festa.

Uma pessoa que estava no evento teria dito para o segurança ir embora, porque o homem poderia voltar para matá-lo, mas tão logo a vítima fez menção de sair do local, o autor do crime reapareceu armado. A informação da testemunha, que tem seu nome mantido em sigilo pela Polícia Civil, é confirmada pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho.

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“Tivemos outra testemunha ouvida e também declara que, após ser retirado da festa e lesionado na cabeça pelo segurança, o autor foi até sua casa e voltou armado. Já no lado de fora do salão, teria disparado os primeiros tiros em direção ao chão, perto da vítima, que entrou no salão, tendo o autor ido ao seu encontro e efetuado os disparos fatais”, disse a delegada.

Imagens gravadas pela polícia, às quais a Gazeta do Sul teve acesso com exclusividade, mostram vestígios de sangue no caminho entre o bar e a casa do acusado, o que indica que ele estava ferido e foi até sua residência após ser golpeado. O vídeo se tornou uma das principais provas, principalmente porque a mulher do acusado, antes que o Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizasse uma análise no local, limpou as manchas. A conduta da mulher vem sendo investigada.

Defesa vai pedir habeas corpus para o acusado

A dinâmica do fato seria que o autor do crime estava no evento com a esposa e teria visto a ex-companheira dançando com outro. Irritado, deu início a uma briga. O segurança Ederson, então, retirou o causador da desavença. Porém, o homem pegou uma arma de fogo e disparou contra o guarda, que morreu na hora. A Gazeta do Sul entrou em contato nessa terça-feira, 1°, com a defesa do acusado.

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O advogado Roberto de Oliveira disse que está aguardando o fim das investigações e reunindo elementos para um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), para que seu cliente possa responder ao processo em liberdade. O acusado se apresentou no dia 25 de julho na Delegacia de Polícia de Vera Cruz, acompanhado do criminalista, para dar seu depoimento. Ele confessou o crime, mas alegou legítima defesa.

Disse à polícia que utilizou a arma da própria vítima para matá-la, após ter sofrido um ataque. Segundo o advogado Roberto, seu cliente estava no bar com a esposa e, depois, chegou a ex-companheira, que teria feito algumas cenas de ciúme, dançando diante dele. Incomodado, o homem de 40 anos teria iniciado uma discussão com essas pessoas, mas sem briga.

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Foi quando o segurança teria chegado e desferido uma paulada com cassetete de madeira na sua cabeça, que o fez ficar tonto e sangrar. Ao cair, ele teria tentado se segurar e puxou o colete do segurança, de onde afirmou que caiu uma arma.

Após tomar mais pauladas, teria pegado a arma e disparado quatro vezes contra Ederson, para depois sair do bar. Segundo a delegada Lisandra, a tese de legítima defesa não encontrou respaldo no contexto probatório até o momento. O autor confesso do crime segue detido no Presídio Regional de Santa Cruz. Seu nome foi mantido em sigilo.

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