Aquela clássica cena do piso molhado e da umidade escorrendo nas paredes de casa é o pior pesadelo dos momentos pós-chuva. Mas, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, não adianta escancarar as janelas muito menos se encerrar dentro de casa, com nenhum ar circulando. Conforme o professor de Agrometeorologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Marcelino Hoppe, a dica de ouro é: aqueça o ambiente.
Utilizando ar condicionado, fogão à lenha ou mesmo aquecedor, a principal preocupação deve ser em manter o ambiente aquecido, para que a umidade não condense nas paredes e piso da casa. “É um problema difícil de controlar. E é como enxugar gelo, não adianta passar o pano e secar, porque dali cinco minutos vai estar molhado de novo”, comentou o professor.
A umidade relativa do ar, tida como a grande vilã, é coadjuvante em alguns casos. Na manhã desta segunda-feira, por exemplo, a umidade estava em 67% em Santa Cruz do Sul, o que é considerada baixa. Conforme Hoppe, em dias normais este índice chega a 80%. O frio dos últimos dias é que piora a situação.
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Entenda o que acontece
A cena á clássica, mas você sabe por que acontece? O professor Hoppe explica. O problema todo não é resumido pela umidade. A grande questão é a temperatura do piso e das paredes do ambiente, que geralmente estão abaixo do ponto de orvalho.
Nesta segunda-feira, 11, o ponto de orvalho estava em 20 graus, conforme o professor Marcelino Hoppe. Assim, todos os pisos e paredes que estivessem com temperaturas abaixo de 20 graus teriam a umidade condensada, formando as tão incômodas gotas de água no local.
Desta forma, aquecer o ambiente é uma das únicas soluções. “E não adianta fechar toda a casa, porque a umidade entra por qualquer fresta”, explicou. É melhor encontrar formas de não deixar a umidade condensar.
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