Com o avanço das pesquisas, vários especialistas apontam que a prática de atividades ao ar livre que não provoquem aglomerações, respeitando o distanciamento social, não aumenta consideravelmente as chances de infecção. A Organização Mundial de Saúde (OMS) ressaltou a importância de se manter ativo durante a pandemia e deu uma série de sugestões de como se exercitar dentro de casa.
Orientou ainda que aqueles que “tiverem condições de sair para uma caminhada ou para andar de bicicleta”, que não esqueçam de manter o distanciamento social e lavem as mãos com água e sabão antes de sair, quando chegarem ao local e assim que voltarem para casa. É importante levar uma máscara reserva para o final do exercício, substituindo a encharcada de suor. Também é fundamental higienizar as roupas utilizadas na rua. Em caso de sintomas gripais, a pessoa não deve fazer exercícios ao ar livre.
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Para reduzir o desconforto da atividade física com máscara, a principal dica é optar por um modelo mais adequado. As de algodão, por exemplo, esquentam mais e levam a uma maior restrição ventilatória. A hospitalar, conhecida como N95, também potencializa o incômodo. Uma questão fundamental é alterar o padrão respiratório. Exercícios de relaxamento podem ajudar no treino da respiração lenta e profunda, o que também ajuda a evitar a ansiedade e o estresse.
Um estudo do Laboratório de Performance Humana (LPH), do Rio de Janeiro, feito no ano passado, comprovou que o uso de máscaras faciais não provoca dano algum à saúde. “Como é preciso vencer a resistência provocada pela máscara para inspirar e expirar, é natural que o ciclo da respiração demore mais. Quem opta por respirar mais rápido acaba enfrentando maior dificuldade. Isso porque não dá tempo suficiente para ocorrer essa troca de ar”, explica o cardiologista Fabrício Braga, diretor médico do LPH, no estudo divulgado.
De acordo com a instrutora de academia do Sesc e personal trainer Greis Campos, as pessoas devem encontrar uma atividade que seja confortável de praticar em casa. A orientação por profissionais pode ser feita de forma remota. As academias estão aderindo a esse formato, para que os professores possam acompanhar os alunos.
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“É válido fazer uma corrida ou pedalada ao ar livre, mas com muita responsabilidade. Sempre com máscara, de forma isolada, em lugares de mínimo movimento. Tem gente que não gosta de exercícios localizados ou funcionais. Preferem algo na rua. Mas, para praticarem, eles precisam estar cientes de tomar todas as precauções”, ressalta a instrutora.
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A assistente social Débora Hesse Machado, de 41 anos, é adepta de diversas modalidades. Treina boxe, corrida, kangoo e funcional. Para ela, o período da pandemia tem sido desafiador. Para evitar contato, recorre até a corridas em estradas do interior. “Não é cômodo ficar de máscara durante as atividades, mas é necessário”, enfatiza. Uma alternativa para ela, que mora em apartamento, é usar o espaço livre da garagem.
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Em alguns dias, Débora acompanha aulas pela internet. “O exercício deve ser um estilo de vida, principalmente agora, pois previne diversos problemas de saúde que podem ser agravados com a Covid”, ressalta. “Temos muita informação confiável, que as pessoas podem acessar. A atividade física é importante para a imunidade, assim como a alimentação saudável.”
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