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“É como se o 14 de novembro nunca acabasse”, diz sobrevivente de acidente que dilacerou sua família

Ana Luiza dos Santos busca por justiça em acidente que dilacerou sua família

Um dos acidentes mais devastadores da história recente do Vale do Rio Pardo chega ao seu momento final, após dez anos. Iniciou às 9h30 desta segunda-feira, no Fórum de Vera Cruz, o júri do tenente-coronel da Brigada Militar Afonso Amaro do Amaral Portella, de 65 anos. Ele era o motorista de um Chevrolet Vectra cinza com placas de Santa Maria, que atingiu violentamente de forma frontal um Volkswagen Gol vermelho de Vale do Sol.

A colisão, em 14 de novembro de 2014, no quilômetro 123 da RSC-287, tirou a vida do casal Hugo Morsch, de 78 anos, e Herta Glicéria Morsch, 75; e da filha deles, Vitória Terezinha Morsch dos Santos, de 49. Ainda deixou em estado grave o marido de Vitória, Jorge Antônio dos Santos, de 51 anos, e uma das filhas desse casal, Ana Luiza dos Santos, que à época tinha 13 anos. Estes cinco estavam no Gol.

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A equipe de reportagem do Portal Gaz e da Rádio Gazeta FM 107,9 acompanha ao vivo o julgamento e conversou com Ana Luiza. A jovem alega que, depois de tantos anos, a família busca pela justiça. “A gente busca que ele pague por todo esse sofrimento que ele fez, que ele quis causar. Ele assumiu esse risco. Ele saiu embriagado porque quis, ele matou porque ele quis”, diz. “É como se o 14 de novembro nunca acabasse”.

Ana Luiza também trocou algumas palavras com o réu quando ele chegou ao Fórum de Vera Cruz para o júri. “Eu vou lembrar ele que ele matou minha mãe. Ele entrou pela garagem dos juízes e dos promotores e o pessoal que estava com ele no carro começou a rir”, frisa.

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A sessão desta segunda-feira é presidida pelo juiz Guilherme Roberto Jasper. Na defesa de Portella está o conceituado advogado criminalista Daniel Tonetto. A promotora de Justiça Maria Fernanda Cassol Moreira representa o Ministério Público (MP), e os advogados Rafael Staub e Tatiana Borsa atuam como assistentes de acusação, representando a família Morsch-Santos. O conselho de sentença é formado por um homem e seis mulheres.

A advogada Tatiana Borsa, que ficou conhecida por atuar no júri do Caso Kiss, representa as três irmãs Ana Luiza, Ana Paula e Ana Júlia, filhas da vítima falecida Vitória Terezinha Morsch dos Santos e do sobrevivente Jorge Antônio dos Santos. Já Staub assumiu desde o início a defesa dos filhos de Hugo e Herta, também irmãos de Vitória, Rosani, Fábio, Sandra e Ledi, esta última que sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA) e faleceu no decorrer do processo.

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No julgamento desta segunda-feira, são aguardados os depoimentos de Jorge e Ana Luiza, que foram vítimas e sobreviveram ao acidente; além de duas testemunhas arroladas pela defesa do réu.

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