Representantes dos servidores municipais afirmam que as direções dos sindicatos não estariam por trás dos protestos realizados durante as sessões da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul. Nessa segunda-feira, 6, a reunião foi encerrada mais cedo pelo presidente do Legislativo, Bruno Faller (PDT), já que vereadores não conseguiam se manifestar por causa da manifestação do público. A medida provocou confusão no plenário.
Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 8, o presidente do Sindicato dos Funcionários Municipais (Sinfum), José Bonifácio Almada, defendeu os servidores e justificou que o sentimento do funcionalismo é de “extrema indignação”. “Isso aí é brincadeira de muito mau gosto. É a mesma coisa que dar um tapa na cara do funcionalista. Essas manifestações são legítimas porque o trabalhador teve direitos tirados dele. Os vereadores jogam beijinhos, fazem coraçõezinhos. Eles arrumaram inimigos no funcionalismo de Santa Cruz do Sul.”
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Presidente do Sindicato dos Professores Municipais (Sinprom), Rosane Martinez vê esse momento após a aprovação do corte dos vales como uma afronta. “Isso é reflexo do sentimento dos servidores. É importante salientar isso, que nós da direção do sindicato não estamos mobilizando a categoria. Estão indignados e nada mais justo do que se manifestar. A Câmara é a casa do povo e todos têm direito de ir”, disse à Rádio Gazeta.
Os dirigentes sindicais ainda negam que os manifestos tenham apoio da oposição. “No dia 18, cada vereador teve uma escolha. Os da situação votaram contra os servidores, a oposição votou a favor dos servidores. Eles fizeram uma opção. A oposição não está nos pedindo nada, é uma mobilização voluntária”, diz Rosane. “Para nós, não importa qual o partido. Para a gente interessa quem votou contra o servidor. Base e oposição não interessam pra gente. Cada um tem o direito de se expressar”, diz Almada.
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Os sindicatos realizaram uma assembleia para debater alternativas jurídicas contra o projeto dos vales. “Na semana que vem teremos uma reunião com a assessoria jurídica para traçar uma estratégia, tentar analisar se é possível uma ação coletiva para anular esse projeto. A partir da virada do ano, quando os servidores forem penalizados, o caso seria entrar com processos individuais” diz a presente do Sinprom. Almada e Rosane afirmam que a continuação das mobilizações não depende dos sindicatos e garantem que os funcionários públicos não vão esquecer. “Cada um tem vontade própria, cada um responde pelos seus atos, principalmente na Câmara de Vereadores”, conclui Almada.
Ouça a entrevista de Rosane na íntegra:
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Confira a entrevista de Almada na íntegra:
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