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E a educação?

Uma das mais graves consequências da pandemia atinge em cheio a educação. A interrupção de aulas presenciais e o reduzido contingente de alunos e escolas dotadas de tecnologia adequada para o ensino remoto causaram prejuízos que levaremos muito tempo para mensurar com exatidão. No caso das crianças em fase de alfabetização, os danos têm impacto ainda maior, comprometendo a formação de toda uma geração. É um fenômeno sem precedentes na história da educação brasileira.

As redes públicas de ensino têm encarado o desafio de recomposição e recuperação do aprendizado com uma variada gama de atividades implementadas em regime de urgência. Mais de 85% dos municípios pesquisados pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) têm trabalhado juntos para avaliar as lacunas de aprendizagem e criar estratégias para recomposição do saber. Trata-se de um esforço para uniformizar ações, recuperar perdas e projetar soluções a curtíssimo prazo.

Os responsáveis pela elaboração do relatório ouviram 3.245 secretarias municipais de educação com a finalidade de descobrir as principais estratégias desenvolvidas para recompor aprendizagens. Entre as descobertas, soube-se que as secretarias têm recorrido a reuniões com coordenadores e diretores mensais ou bimestrais de 91% das redes, além de visitas às escolas, reuniões com professores e monitoramento de avaliações internas. São medidas possíveis para minimizar as consequências.

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A perda de conteúdo, fundamental para a formação do estudante e o combate da evasão escolar, é apenas uma das faces lamentáveis do conjunto de prejuízos acumulados. A interrupção abrupta das atividades curriculares – apesar do baixíssimo índice do registro de contaminação no ambiente escolar – compromete gravemente o desenvolvimento social dos estudantes. A mudança que durou dois anos interrompeu amizades e, o mais grave: submeteu milhões de estudantes ao convívio de rotinas improvisadas e que ofereceram riscos variados.

Depender do favor de vizinhos e parentes, submeter os filhos pequenos à guarda de irmãos um pouco mais velhos e deixar as crianças com desconhecidos trouxe preocupação, apreensão e medo para milhões de famílias. No caso das escolas públicas, a realidade foi ainda mais dura, já que os pais não podiam – em hipótese alguma! – ficar em casa para cuidar dos filhos e compensar a perda de conteúdos curriculares.

A suspensão inapelável das aulas ao longo da pandemia causou fortes polêmicas, debates, revolta e contestação diante da falta de elementos científicos para comprovar os índices da contaminação nas escolas. Por muitas gerações essa decisão, tomada por responsáveis nem sempre preparados para o desafio, se fará sentir. Da pior maneira possível.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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