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Duzentos anos de orgulho

“A celebração do bicentenário é uma homenagem e um agradecimento aos nossos antepassados alemães.” Assim disse em uma entrevista para a Vale TV o presidente da Comissão Oficial do Bicentenário da Imigração Alemã, Rafael Koerig Gessinger, meu irmão. Não se trata somente de um momento de festividade pela chegada de uma data marcante no aspecto temporal, o governo do Estado do Rio Grande do Sul fomenta e protege um patrimônio cultural que ajudou a moldar a identidade do povo gaúcho ao longo desses duzentos anos.

Em 25 de julho de 1824, as 39 pessoas falantes da língua alemã – na época, a Alemanha ainda não era Estado unificado – chegaram num remoto território gaúcho com esperança e muito trabalho para construir uma vida melhor. Exatamente pela necessidade de abrir picadas nos matos do Vale do Rio Pardo para construção das moradias, lavouras, igrejas e escolas, foi chamado de Alte Pikade, de Picada Velha e depois de Picada de Santa Cruz o hoje pujante município de Santa Cruz do Sul.

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Como ensina Martin Dreher, a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 1824, possuía uma única escola mantida a partir dos cofres públicos: o Colégio Militar de Porto Alegre. Honrando a fibra característica do povo alemão, os imigrantes que aqui chegaram contribuíram para o avanço da alfabetização no Rio Grande do Sul, criando em cada picada novas escolas, com grande contribuição da Igreja Luterana.

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Em outros estados do Brasil, a imigração alemã foi marcante no Espírito Santo e mais significativamente contribuiu para formação de Santa Catarina, que conta com cidades onde a culinária, a música, a arquitetura e as celebrações alemãs são atrações turísticas relevantes, casos dos municípios de Blumenau e Pomerode, por exemplo.

Também é notável e riquíssimo em termos culturais como o regionalismo alemão se posicionou em diferentes lugares do Rio Grande do Sul. Panambi, que até hoje tem programas de rádio transmitidos no idioma alemão, teve seu território povoado por imigrantes vindos de Württemberg, no Alto Reno. Em São Lourenço do Sul se tende a falar o idioma alemão no dialeto pomerano. Outras diferenças linguísticas se notam entre as regiões do Vale do Rio dos Sinos, de Igrejinha, de Lajeado e assim por diante.

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Para quem se interessar mais pelo trabalho que a Comissão do Bicentenário da Imigração Alemã e suas subcomissões têm desenvolvido, o site da Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul possui uma página que contém um manancial de conteúdo, cujo link colaciono a seguir: https://cultura.rs.gov.br/noticias-6581cd59ef762.

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