O governo do Rio Grande do Sul decidiu fazer alterações no edital que prevê a concessão, para a iniciativa privada, da principal rodovia que corta o Vale do Rio Pardo. A mudança mais significativa envolve o cronograma de duplicação da RSC-287 – uma das exigências para quem assumir a estrada.
O contrato previa inicialmente a ampliação da capacidade da estrada em até 11 anos e, nos primeiros cinco anos de concessão, a implantação de uma segunda pista apenas nos trechos urbanos entre Tabaí e Santa Maria.
A partir de novos estudos e de reavaliações, o Piratini decidiu alterar o projeto e estabelecer a duplicação de todo o trecho entre Tabaí e Santa Cruz do Sul nos primeiros seis anos. O Estado também avalia iniciar as intervenções pelo Vale do Rio Pardo em função do grande fluxo nesta parte da estrada.
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O novo edital vai prever que os primeiros 82 quilômetros estejam prontos até 2027. Já o restante da RSC-287, até Santa Maria, seria duplicado no momento seguinte. A proposta é manter a exigência de ampliação de toda a rodovia em até 11 anos depois da assinatura do contrato de concessão.
A mudança no que estava inicialmente previsto ocorre depois de novas avaliações técnicas que envolvem desde o número de acidentes e a quantidade de veículos até o registro de congestionamentos e lentidão. O novo edital pretende fazer com que a concessionária atue, inicialmente, nos principais gargalos da estrada, como é o caso da extensão entre Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires.
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A última versão da proposta de concessão da 287 será apresentada em reunião do Conselho Gestor de Concessões e Parcerias Público–Privadas do Governo do Estado, marcada para esta quinta-feira, 27, em Porto Alegre. “Até Santa Cruz do Sul a previsão é de que haja duplicação integral nos primeiros seis anos. Houve a antecipação de algumas obras, principalmente para viabilizar a prioridade para esse trecho”, antecipou o secretário extraordinário de Parcerias, Bruno Vanuzzi.
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A decisão do governo do Estado de priorizar a duplicação entre Santa Cruz do Sul e Tabaí é comemorada pelos movimentos que lutam por melhorias na estrada. “Ficamos muitos felizes com essa antecipação. No começo, já falávamos que se esse trecho fosse duplicado primeiro, ajudaria muito a desafogar o fluxo. Claro que pensamos nas demais regiões, mas ter o trecho entre Santa Cruz e Tabaí priorizado agrada muito”, disse Lucas Rubinger, coordenador da campanha Duplica 287.
Apesar as novidades, o atraso no lançamento do edital de concessão da rodovia preocupa o movimento que cobra a duplicação da estrada. “Seguimos apreensivos pela demora do governo. Neste fim de semana, seis pessoas morreram em Taquari. Quem passa pela Freeway e pela BR-386 já percebe as melhorias realizadas pela concessionária CCR Viasul, como pavimento de qualidade, sinalização e mais segurança, enquanto continuamos aguardando por investimentos na 287”, relatou Rubinger.
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A intenção da Secretaria Estadual dos Transportes é publicar o edital de concessão da RSC-287 até abril. Já a licitação, a ser realizada na Bolsa de Valores, conhecida como B3, está prevista ainda para o primeiro semestre de 2020. A expectativa é de atrair grandes grupos nacionais e internacionais, a exemplo do que aconteceu com os editais de estradas abertos recentemente pelo governo federal.
SAIBA MAIS
O que estará previsto no edital de concessão da RSC-287:
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– Duplicação do trecho entre Tabaí e Santa Cruz do Sul nos primeiros seis anos
– Duplicação em até 11 anos de toda a extensão até Santa Maria
– Tarifa máxima de R$ 6,42 para carros de passeio
– Motocicletas pagarão metade da tarifa proposta para carros
– Prazo de concessão de 30 anos para o trecho de 204 quilômetros
– Investimento de R$ 2,2 bilhões
– Praças de pedágio em Venâncio Aires e Candelária (já existentes), além de Tabaí, Paraíso do Sul e Santa Maria
– Instalação de 20 passarelas para facilitar o trânsito de pessoas
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