O setor empresarial de Santa Cruz do Sul lançou oficialmente nessa terça-feira, 1º, à noite uma mobilização para viabilizar a duplicação do perímetro urbano da BR-471. A ideia é captar doações junto ao setor privado do município para custear o projeto da obra, que deve ter início ainda neste ano.
Batizada de “Duplica 471”, a campanha será capitaneada pela Associação de Entidades Empresariais (Assemp). A Prefeitura decidiu canalizar para a obra um valor de R$ 20 milhões que havia sido financiado durante o governo Telmo Kirst por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa 2). O projeto, porém, ainda não existe.
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Após conversas com o Palacinho, a Assemp se propôs a contratar a empresa para elaborar o projeto. A conclusão é de que isso tornará o processo mais ágil do que se o Executivo fizesse a contratação, já que seria necessário um processo licitatório.
O cronograma da campanha prevê que os R$ 400 mil necessários sejam arrecadados até o dia 31 de julho. Para isso, serão procuradas a partir dos próximos dias as pessoas físicas e jurídicas instaladas ao longo dos 9 quilômetros do trecho, que vai do entroncamento com a RSC-287 (no antigo Gaúcho Diesel) até o Distrito Industrial e foi municipalizado em 2014, a partir de convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). São, ao todo, 187 propriedades localizadas às margens da estrada, incluindo cerca de 40 empresas. A Assemp, porém, pretende buscar o apoio de outras empresas que também seriam beneficiadas pela ampliação da capacidade na 471 – como as fumageiras, por exemplo, já que a rodovia é muito utilizada para o transporte de tabaco até as fábricas e para o escoamento da safra.
A expectativa é de que o projeto esteja pronto até final de setembro para que a obra comece ainda neste ano, sob pena de os recursos federais serem perdidos. Segundo o vice-presidente administrativo-financeiro da Assemp, Lucas Rubinger, além de facilitar o acesso às empresas já existentes, a duplicação pode estimular a atração de novos investimentos e melhorar o fluxo de veículos na rodovia. “Tenho certeza de que a união e o engajamento dos empresários, dos políticos e de toda a sociedade irá transformar a duplicação em realidade”, disse a prefeita Helena Hermany (PP), após a apresentação.
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Entenda
O custo total da obra será apontado no projeto. É certo, no entanto, que os R$ 20 milhões de que a Prefeitura dispõe não serão suficientes para duplicar toda a extensão do trecho. O restante do valor ainda terá de ser captado.
Os detalhes técnicos da obra também só serão definidos a partir do projeto. A Assemp sugeriu que o trecho seja dividido em dois lotes. O primeiro seria do entroncamento com a RSC-287 até o Trevo do Bom Jesus, ao longo do qual estão empresas como Germani, Dupont, Pitt e Prato Feito, onde seria implantada pista dupla com alças laterais.
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Já o segundo seria do Trevo do Bom Jesus até o Distrito Industrial, onde está a Xalingo. Nesse lote, a ideia é implantar pista dupla com barreira central.
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