O técnico Dunga não quis papo e cortou rapidamente o assunto. E os jogadores da seleção brasileira garantem que não lembraram dos 7 a 1 que o time sofreu da Alemanha na Copa do Mundo de 2014 quando o mesmo placar foi atingido na noite de quarta-feira, 8, contra o Haiti, pela Copa América Centenário, em Orlando, nos Estados Unidos. Com exceção de Elias, que disse ter lembrado e sabia que a imprensa iria tocar no assunto, os outros garantiram que a goleada humilhante sofrida pela equipe de Luiz Felipe Scolari não lhes passou pela cabeça.
Presente na Copa de 2014, o lateral-direito Daniel Alves não gostou muito de falar no assunto. “Não tem nenhuma comparação. Acredito que nem os alemães acreditaram naquele resultado. Mas infelizmente isso é do futebol. Paga-se muito caro se você não está preparado para enfrentar os adversários”, disse o jogador, capitão do time contra os haitianos e que ficou no banco naquela partida contra os alemães.
Willian, que também disputou o último Mundial, garantiu que não lembrou do vexame do Mineirão. “Ele não lembrei de nada”, disse. Ao ser informado que Elias disse ter se recordado do desastre, rebateu. “Se ele lembrou, é problema dele, pela minha cabeça não passou”, desconversou.
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Nem pela cabeça de Filipe Luis, segundo o próprio lateral-esquerdo. Mas ele admitiu que o assunto foi conversado depois do jogo. “Não significa nada, porém. A maioria desse grupo não estava naquele jogo. O mais importante é a gente esquecer e pensar só no presente”, entende.
Elias já tinha saído do jogo com o Haiti e estava no banco quando Philippe Coutinho marcou o sétimo gol. Imediatamente ele lembrou da partida contra os alemães. “Sabia que vocês (jornalistas) fariam alguma piada sobre isso”, disse, sorrindo. “A gente lembra, não tem como, marcou. Eu não fazia parte, mas me sinto dentro desse 7 a 1 e acho que vocês jornalistas também se sentem assim porque vivem nosso mundo.”
O volante corintiano afirmou saber que a goleada de quarta-feira não vai ter muito valor para os críticos. “Sei que vão falar que é contra o Haiti. Foi uma vitória contra adversário um pouco mais fraco, fizemos uma boa partida.”
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Técnico Dunga não quis saber de comparações
Dunga não acha possível relacionar os 7 a 1 de quarta-feira com a goleada sofrida pela seleção diante da Alemanha na Copa de 2014, e por isso livrou-se rapidamente do tema. “O grupo é diferente, é outra época”, cortou, controlando-se. “Tentamos fazer a nossa parte, colocar em prática o que treinamos. Os gols aconteceram conforme a equipe foi tendo rendimento positivo.”
Para Dunga, o mais importante ontem foi o fato de a equipe ter evoluído em relação à estreia. “Para nós, o mais importante é evoluirmos a cada jogo. É uma briga que temos com nós mesmos. Melhorar sempre”, falou o treinador, que demonstrou contrariedade quando questionado sobre a fraqueza do Haiti. “O Peru só ganhou de 1 a 0. O importante foi que nós fizemos a nossa parte.”
Dunga reconheceu a excelente atuação de Phillippe Coutinho, não apenas pelos três gols, mas pelas boas jogadas que fez, e disse que a melhora de rendimento do meia passou por conversas que teve com o jogador. “Ele está aproveitando a sua oportunidade em cada jogo, em cada treinamento. Tem tido maior confiança. A gente conversou e pedi a ele para ser o Phillippe Coutinho do Liverpool. Para chamar a jogada, arriscar mais, ser protagonista “
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Dunga não terá o suspenso Casemiro domingo, contra o Peru, mas não quis adiantar se Wallace joga. Da mesma maneira não garantiu que Gabriel tomará a posição de Jonas.
Após a partida, quem apareceu foi o vice-presidente da CBF, Antonio Nunes, chefe da delegação nos EUA. E disse exigir que o Brasil chegue ao menos à decisão da Copa América. “Cada jogo é um jogo, então a gente espera que vá chegando sempre e o Brasil possa disputar a final. Eu não vou aceitar a seleção brasileira fora de uma final”, cobrou.
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