A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) de Santa Cruz do Sul viveu um período conturbado entre 1872 e 1877, com a saída de membros importantes e a formação de uma nova igreja independente. O episódio é narrado no livro do professor Roberto Radünz, que trata do luteranismo gaúcho ao longo do século 19.
A Comunidade Evangélica foi fundada em 1855 e o primeiro culto rezado na nova igreja (esquina das ruas Borges de Medeiros com Tenente Coronel Brito) ocorreu en 1866. O pastor era Hermann Jacob Bergfried, que também criou o Pfarrschule, escola que atendia os filhos dos luteranos.
Em 1871, por problemas de saúde, Bergfried retornou à Alemanha. No final do ano, chegou o novo pastor Heinrich Eduard Falk. A partir daí, ocorreram várias polêmicas com a diretoria da mantenedora. A situação tornou-se tão crítica que um grupo de lideranças deixou a comunidade.
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Os dissidentes fundaram a Deutsch-Protestantische Gemeinde in Santa Cruz. Ela era desvinculada da DeutschEvangelisch Gemeinde in Santa Cruz. Os dissidentes encontraram apoio entre os membros da Deustch Schule (Escola Alemã), que ficava na esquina das atuais ruas Marechal Floriano e Borges de Medeiros (onde hoje é a Iluminura). O local era a 100 metros da primeira Igreja Evangélica. Eles puderam construir uma torre no prédio da escola e a cidade ficou com duas igrejas evangélicas autônomas.
A grande dificuldade dos dissidentes era conseguir pastores para atender seus membros. Eles vinham de fora e isso causava problemas, especialmente nos enterros. Outros não queriam vir para não acirrar as discórdias.
No início de 1877, a paz voltou a reinar e os evangélicos mais uma vez uniram-se em uma só igreja. Em 3 de junho daquele ano, o pastor Falk despediuse e passou a atuar na comunidade de Ferraz. Por algum tempo, ainda vinha atender em Santa Cruz, até a chegada do novo pastor Robert Jaeger.
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Colaboração: Emigdio Engelmann
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