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Duas gerações unidas na profissão: pai e filho dividem o amor pelos transportes

Pai e filho dividem a mesma profissão e o mesmo local de trabalho

Ele está há 31 anos na estrada. Rogério José Fockink, 49, quando ainda menino, já sonhava em dirigir um caminhão. O mais interessante, segundo conta, é que esse desejo não foi despertado por ele ter um exemplo em casa, na família. Era uma vontade, um desejo dele, sem qualquer influência familiar. Nascido em Santa Cruz do Sul, quando ingressou no Exército aos 18 anos, viu ali um caminho para realizar esse sonho. Sua vontade era evidente. Candidatou-se à vaga de motorista, participou de testes e entrevistas e conseguiu o posto, onde permaneceu pelos cinco anos em que esteve por lá.

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Em 1997, já fora da carreira militar, mas com a experiência adquirida, foi trabalhar em uma transportadora de Santa Cruz. Ali ficou por 13 anos. Em seguida, veio a oportunidade de trabalhar em outra grande empresa de transportes durante mais três anos. No decorrer desse período de 16 anos, Rogério dirigiu carretas fazendo o transporte de grãos para vários estados brasileiros. “Foi uma fase muito bacana da minha vida. Conheci muita gente e muitas cidades por esse Brasil que é imenso. Mato Grosso, Goiás e Bahia foram alguns lugares pelos quais andei”, relembra.

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Mas ser motorista de ônibus também estava nos planos de Rogério. Então, quando deixou a transportadora, foi trabalhar no Expresso Sinimbu. Lá permaneceu por um ano, até ser chamado para ser condutor na Viação União Santa Cruz, onde está há nove anos. Locado na base de Santa Cruz do Sul, ele faz praticamente todas as linhas, mas principalmente as interestaduais.

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A mudança no tipo de transporte foi muito bem pensada e planejada, afinal Rogério passaria a transportar pessoas. “Sem dúvida foi uma mudança muito grande. A diferença é muito significativa. Tu tens que querer essa responsabilidade pra ti. Muitas pessoas achavam que eu não conseguiria assumi-la, mas eu queria muito isso pra mim e disse que faria dar certo, como de fato deu. E, graças a Deus, tem dado tudo certo. Transportar pessoas é compromisso, é responsabilidade, é realizar o desejo de o viajante chegar ao seu destino e eu sou muito feliz e realizado em fazer isso”, comenta o motorista. Hoje, seu desejo é seguir trabalhando nesse mesmo segmento, levando pessoas ao seu destino até chegar o momento da aposentadoria.

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De pai para filho

Dividindo a mesma profissão e o mesmo local de trabalho com o pai, Gabriel José Fockink, 21 anos, tem uma história um pouco diferente: apesar de também sempre ter o sonho de trabalhar como motorista, ele contou com o exemplo em casa. “Desde muito pequeno passei a gostar de caminhões e ônibus. Eles sempre me fascinaram. Cresci vendo meu pai fazer isso. Vivi minha vida toda nesse meio achando tudo muito legal. Tá no meu sangue. Ainda criança, eu já dizia que era isso que queria fazer, que essa era a profissão que eu queria seguir”, conta Gabriel.

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E foi cedo que ele começou a trabalhar. O primeiro emprego, aos 15 anos, foi numa gráfica. Depois passou por uma fumageira até que, aos 20 anos, entrou no ramo do transporte. Iniciou como auxiliar numa empresa de entrega de alimentos. Assim que completou 21 anos, fez a CNH categoria D. Dessa forma, estava apto para também dirigir caminhões e ônibus. Era o importante passo para a realização do seu sonho. Habilitado, durante quatro meses realizou diversas viagens por grande parte do Brasil, ganhando experiência.

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Foto: Albus Produtora

No último mês de janeiro, Gabriel participou de um processo seletivo na Viação União Santa Cruz para ser motorista de fretamento, ou seja, para fazer o transporte dos funcionários de empresas fumageiras. Passou e foi imediatamente contratado. Segundo ele, é o caminho para adquirir mais experiência para poder trabalhar nas linhas, da mesma forma que o pai. Uma posição que ele sonha alcançar em breve.
Gabriel conta que a mudança da transportadora para a empresa de ônibus foi desafiadora. “No caminhão, tu estás sozinho. Tu és responsável pela carga que tu levas. Já quando tu transportas pessoas, a responsabilidade se torna muito maior”, justifica.

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Segundo Rogério, tanto nas viagens como em casa, sempre procurou ensinar o que sabia para o filho. “Eu sempre digo que o melhor professor é o pai, porque, além de ensinar, cobra bastante o que é certo. Ensinei o Gabriel a andar de moto, de carro e de caminhão, além, é claro, os valores de responsabilidade e respeito”, comenta. Orgulhoso, conta que recentemente recebeu os parabéns e elogios de um colega de trabalho pela educação e responsabilidade do filho. “Ver teu filho seguir a tua profissão e perceber o quanto ele é feliz, comprometido e responsável é muito gratificante.”

Gabriel reconhece o papel do pai em toda a sua formação. “Ele é uma pessoa incrível. Sempre me espelhei nele, mas não somente na profissão. É no jeito de ser, como ele age com as pessoas, na educação, no respeito. Tudo isso sempre foi exemplo para mim. Tem muita gente que diz que sou a cópia dele, tanto pelo físico como pela personalidade. Como eu sei que ele é um homem correto, que preza pelos valores, quero, sem dúvida, seguir os passos dele”, diz com orgulho.

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Para concretizar esse sonho, Gabriel optou por encerrar os estudos após a conclusão do Ensino Médio. Na época o pai tentou convencê-lo a seguir estudando, mas o desejo por iniciar na profissão era mais forte naquele momento. Mas uma graduação não está longe dos seus planos. “Não descarto a possibilidade de voltar a estudar e fazer uma faculdade. Se acontecer, será em alguma coisa que me mantenha dentro do ramo de transportes, quem sabe num outro cargo aqui dentro da empresa. Sou bem novo, tenho bastante tempo para isso.”

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