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Duas das seis piores estradas do Rio Grande do Sul estão na região

Cada vez que o dia amanhece, o agricultor Gerson Queiroz olha para o campo arado para a soja e pensa em quantos socorros irá prestar a caminhoneiros e motoristas com pneus furados durante o dia. 

No interior de Barros Cassal, tendo como vizinha de porteira a RSC-153, ele perde as contas de quantas pessoas ficam empenhadas por causa das más condições da pista. “Ruim” e “péssimo” são predicados apontados pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) à rodovia de Queiroz.

Esses conceitos fazem parte da edição 2017 da Pesquisa CNT de Rodovias. O estudo qualifica como regular, ruim e péssimo a maioria dos atributos em sete trechos de estradas da região. Em todo o Estado, seis rodovias têm péssimo como média geral da avaliação. Duas delas passam pelo Vale do Rio Pardo, a RSC-153 e a RSC-471. 

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“Agora deve fazer uns 30 dias que passaram por aqui tapando buracos. Nós escutamos a promessa de recuperação da estrada há mais de cinco anos, no governo anterior. Até agora, anda”, declara Queiroz, que precisa da estrada para escoar a soja plantada nos 200 hectares da família.

Mais adiante, no esfarrapado trajeto da RSC-153 entre Barros Cassal e Soledade (veja tabela), o caminhoneiro Daniel Cassiano Rodrigues calcula o tamanho do estrago. “Cada vez que fura um pneu do caminhão, são R$ 2 mil para trocar. Esse dinheiro sai da minha comissão”, reclama.

A rota utilizada como ligação entre Vera Cruz e Soledade padece sob a falta de manutenção. Desnível, falta de placas e ausência de acostamento dão a impressão de estrada abandonada.

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Saiba mais

A 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias avaliou 105.814 quilômetros. Neste ano, ela constatou uma queda na qualidade do estado geral das estradas pesquisadas. A classificação regular, ruim ou péssima atingiu 61,8%, enquanto em 2016 esse índice chegou a 58,2%. No Rio Grande do Sul, o maior percentual é o da classificação regular: 43,3%, seguido do bom: 33,8%, ruim: 15,5%, ótimo: 4% e péssimo: 3,4%. O quesito péssimo aparece em seis trajetos no Estado. Destes, dois passam pela região: a RSC-471, de Pantano Grande até a localidade de Monte Castelo, e a RSC-153, entre Barros Cassal e Soledade.

Sem resposta

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O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Sul (Daer/RS) foi questionado sobre a quantidade de estradas estaduais com problemas na região. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Daer não respondeu à reportagem, pois não conseguiu fazer contato com a direção da autarquia nessa terça-feira.

A Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi questionada sobre a situação das BRs 290 e 471. Não houve resposta.

As estradas regionais

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A 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias classifica as estradas conforme as condições da via, sinalização, pavimento e alinhamento da pista. Entre os mais de 100 mil quilômetros pesquisados em todo o País, sete trechos que têm ligação com a região foram avaliados.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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