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INVESTIGAÇÃO

Draco identifica suspeito de guardar droga em sítio

Foto: Bruno Pedry

Carga de maconha avaliada em R$ 3 milhões estava em uma propriedade no Distrito de Boa Vista, no interior de Santa Cruz do Sul

Há um ano, a crônica policial de Santa Cruz do Sul teve um dos dias de maior movimentação da história recente. Na tarde de 4 de julho de 2023, policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) realizariam aquela que é considerada a maior apreensão de drogas feita pela Polícia Civil no Vale do Rio Pardo. Ao todo, 750 quilos de maconha, embalados em pacotes com plástico azul, encheram as caçambas de duas caminhonetes após serem localizados em um sítio de Linha Felipe Nery, no distrito de Boa Vista, interior do município.

Por volta das 17 horas os policiais retornaram para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) com a droga apreendida. O movimento chamou a atenção, e os giroflex e as sirenes acionadas aguçaram a curiosidade de quem estava na região central da cidade. Quem não foi até a delegacia ver do que se tratava, soube pelo Portal Gaz minutos depois sobre a ação histórica.

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O caso complexo permanece em investigação, com avanços importantes. Conforme o delegado Marcelo Chiara Teixeira, embora não houvesse ninguém naquele dia no sítio, as apurações ao longo dos meses seguintes apontaram para um indivíduo, que seria o proprietário de todo o entorpecente apreendido, avaliado em cerca de R$ 3 milhões. “Ainda estamos realizando algumas diligências e não foi feito o interrogatório do suspeito”, comentou.

De acordo com o titular da Draco, o homem levantado como possível dono da droga, atualmente, está em liberdade. Seu nome e outras informações como origem e antecedentes, por enquanto, estão sendo mantidos em sigilo, para não prejudicar o andamento das investigações. Embora já tenha avançado em levantar um suspeito e realizado outras apurações, a Draco não estima um prazo para a conclusão do inquérito sobre a apreensão histórica.

Entre as curiosidades do caso, está que a residência identificada como ponto de armazenamento de entorpecentes, embora inóspita, parecendo até abandonada pelos moradores do meio rural, abrigava anos antes um criminoso conhecido. Trata-se do santa-cruzense Roque de Moraes, o Roquezinho. Ex-comparsa do quadrilheiro Seco, ele foi morto a tiros em 27 de maio de 2019, no terminal rodoviário da cidade de Mundo Novo, a 476 quilômetros de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

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Ações frearam expansão da distribuição

A delegacia especializada no combate ao tráfico de drogas no Vale do Rio Pardo ficou responsável por outra apreensão marcante na região. Pouco mais de dois meses depois, a Brigada Militar e a Polícia Rodoviária Federal apreenderam, em 22 de setembro, 1.012,4 quilos de maconha dentro de um Chevrolet Equinox preto, em uma propriedade rural de Linha Henrique D’Ávila, interior de Vera Cruz.

Embora os entorpecentes estivessem sendo trazidos para a região e os pacotes fossem acondicionados da mesma forma, em plásticos da cor azul, não é possível até o momento confirmar qualquer conexão entre as drogas apreendidas nas duas ações. O que se sabe, no entanto, é que as duas quantidades que bateram recorde comprovaram para a polícia uma suspeita, a de que Santa Cruz do Sul, pelo menos na época, estava virando polo de distribuição de maconha para todo o Rio Grande do Sul. As duas ofensivas históricas das polícias, que geraram prejuízos milionários ao tráfico, acabaram freando essa expansão.

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