Um levantamento inédito divulgado durante a semana pela Seguradora Líder, administradora do consórcio que gere o seguro obrigatório DPVAT, traz projeções de acidentes até o fim deste ano. O estudo prevê uma queda de 19% no número de ocorrências em todo o País, considerando o período de isolamento social por causa da pandemia. A estimativa é que 229.646 vítimas sejam indenizadas pelo seguro em razão de acidentes ocorridos no ano.
Apesar da redução, o Brasil permanece com uma média de 30 mil mortes causadas por acidentes e cumpriu, até 2019, 30% da meta da Década de Ação pela Segurança no Trânsito da Organização das Nações Unidas (ONU). Com o acordo, esperava-se que até 2020 houvesse uma redução de 50% no número de óbitos. Segundo o Departamento, em nove anos, o Brasil saiu da marca de 43.256 mil mortos no trânsito em 2011 para 30.371 mil em 2019.
Do total de ocorrências previstas pelo estudo até o fim de dezembro deste ano, 143.842 estão relacionadas a coberturas por invalidez permanente, 56.408 a indenizações para despesas médicas e 29.396 a casos de morte. Os motoristas lideram o ranking das vítimas, com participação em 144.225 das ocorrências (62%) do total. Já quando considerada a faixa etária mais sujeita a aci dentes de trânsito, pessoas com idades entre 25 e 34 anos são as principais vítimas, presentes em 61.602 das ocorrências, 27% do universo projetado para este ano.
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Quanto ao perfil dos veículos, as motocicletas continuam sendo as responsáveis pela maior parte dos acidentes indenizados. A previsão é de que 180.597 vítimas recebam o Seguro DPVAT por causa de ocorrências envolvendo motos, 79% do total. Na média por 100 mil habitantes, das 14 mortes registradas por ano, sete são causadas pelo veículo.
A diretora de Controladoria e Finanças da Seguradora Líder, Maria Valins, explica o estudo. “Para chegar a esses números, utilizamos a nossa base histórica de pagamentos do seguro e projetamos a quantidade de acidentes que terão direito a indenização, utilizando metodologia estatística capaz de captar padrões, adotada amplamente pelo mercado segurador. O que chama a atenção é que, mesmo no período de pandemia, o cenário do trânsito no Brasil ainda é muito preocupante”, afirma.
Além disso, no levantamento, foi considerado o fato de que o beneficiário do Seguro DPVAT tem até três anos após o acidente para dar entrada no pedido de indenização. Todas as informações estatísticas agora estão disponíveis em um painel online inédito para consulta pública (www.seguradoralider.com.br/dadosdpvat).
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O que é
O DPVAT é um seguro obrigatório de caráter social que protege mais de 212 milhões de brasileiros em casos de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Ele pode ser destinado a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, e oferece três tipos de coberturas: morte (valor de R$13,5 mil), invalidez permanente (de R$ 135 a R$ 13,5 mil) e reembolso de despesas médicas e suplementares (até R$ 2,7 mil). A proteção é assegurada por um período de até três anos.
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