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Domingo de proteção e demonstrações de fé em Santa Cruz

Junto à rótula do 2001, o padre Antônio Puhl abençoou os motoristas do alto de uma cabine suspensa por um guindaste

A manhã de domingo, 25, com sol e temperatura agradável colaborou com as comemorações do Dia do Colono e do Motorista realizadas pela Paróquia Ressurreição, no Bairro Universitário. Às 9 horas teve início uma missa ao ar livre, em frente à igreja, na Avenida Independência, celebrada pelo padre Antônio Puhl, acompanhado pelo bispo emérito Dom Gílio Felício. Ao mesmo tempo, dezenas de caminhões, ônibus e carros tomavam posição para a tradicional carreata, marcada para as 10 horas.

A presidente da Paróquia Ressurreição, Clarissa Weigel, destacou que a pandemia foi um desafio à organização da festa – a maior da comunidade. “É mais fácil organizar uma festa bem maior do que essa sem pandemia, porque temos que seguir uma série de protocolos. Ainda assim, realizamos uma missa bem trabalhada, a carreata e o almoço por drive-thru”, comentou. No cardápio, a tradicional galinhada com maionese deu lugar ao assado de porco, galeto, arroz e maionese.

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“Tudo foi muito bem preparado, por uma boa equipe que se esforçou durante muitos dias”, conta Clarissa. Cerca de 500 fichas foram vendidas antecipadamente e quem tentou adquirir na hora teve de contar com a sorte para conseguir alguma das poucas remanescentes. Ela salientou que muitas das empresas que participaram da carreata adquiriram fichas em grandes quantidades para distribuir aos funcionários, o que acaba por auxiliar também a paróquia, que busca arrecadar fundos para concluir a reforma da igreja.

Clarissa: pandemia impôs desafios | Foto: Alencar da Rosa


Pontualmente às 10 horas, um caminhão com a imagem de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, puxou a carreata, que passou pela Avenida Independência até a Rua São José, por onde seguiu até o cruzamento com a Senador Pinheiro Machado, dirigindo-se então para a Rua Venâncio Aires, voltando à Avenida Independência após a Igreja Evangélica. Na rotatória do 2001, o padre Antônio Puhl, suspenso em uma cabine por um guindaste e devidamente equipado e protegido, abençoou os veículos das alturas.

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Caminhoneiro há cerca de 20 anos, Nilson Ferreira, 45 anos, tem o costume de participar anualmente da carreata de São Cristóvão para continuar seguro pelas estradas. “Sempre venho pedir uma bênção e graças a Deus estou protegido, nunca me aconteceu nada”, revela. Ao longo da carreira, ele trabalhou com longas viagens e percorreu diversos países da América do Sul. Agora, atua no transporte de frutas e verduras de Porto Alegre para Santa Cruz do Sul, ficando mais perto da família.

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Nilson, com o filho, manteve a tradição de participar da carreata: “Estou protegido” | Foto: Alencar da Rosa
Fiéis demonstraram sua fé durante a missa ao ar livre, na frente da Igreja Ressurreição | Foto: Alencar da Rosa


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Celebrações também em Monte Alverne
Em Monte Alverne, as tradicionais celebrações organizadas pela Paróquia Nossa Senhora de Lourdes também ocorreram seguindo os protocolos de segurança. O pároco e coordenador das atividades, padre Eleutério Orsolin, destacou que a ligação entre o colono e o motorista é natural, haja vista que não existiria necessidade de transporte se não houvesse produção. “O desfile é um momento maravilhoso de agradecimento e de pedir bênçãos, ajuda e proteção. Esse é o significado, para que todos tenham uma excelente viagem de ida e de retorno”, salientou o religioso.

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Também celebrada pelo padre Eleutério, a missa em Monte Alverne teve início às 8 horas e, às 9h30, ocorreu a carreata. Os agricultor Rubem Schneider, 63, morador de Linha Júlio de Castilhos, participou da missa e também acompanhou o filho, que participou da carreata, pedindo a bênção de São Cristóvão para continuar na atividade, que já dura três gerações em sua família.

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Em Monte Alverne, padre Eleutério Orsolin abençoou os participantes, que foram de carro, caminhão, implementos e carroças | Foto: Rafaelly Machado

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