O bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul, Dom Aloísio Alberto Dilli, se prepara para deixar o cargo que ocupa desde agosto de 2016. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 20, durante entrevista exclusiva para a Rádio Gazeta. Nesta quarta-feira, Dom Aloísio completa 75 anos. Nessa idade, os bispos são obrigados a abrir mão do cargo e aguardar o envio de um sucessor a ser definido pelo papa Francisco. O processo de transição até a chegada de um novo religioso para comandar a Diocese de Santa Cruz pode ser demorada.
“Isso não depende do meu conhecimento. Isso depende muito mais da agilidade dessas consultas, do tempo da resposta que as pessoas vão levar. Normalmente se pede que não demore muito. E depois, também, da aceitação do candidato indicado. Por exemplo, quando um padre, que ainda não é bispo, é consultado e a resposta não for positiva, tem que começar de novo. Então, o processo se prolonga, e às vezes são muito demorados. Cruz Alta, que foi a última do Rio Grande do Sul, levou mais de um ano.”, disse o bispo
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Em maio, Dom Aloísio participou da Conferência dos Bispos do Brasil, momento em que entregou a carta de renúncia. “Eu fiz esta carta, há pouco mais de um mês atrás, porque me encontrei pessoalmente com o núncio apostólico [representante diplomático da Santa Sé]. Nós tivemos a assembleia dos bispos, e ele estava presente. Era possível conversar com ele. Então, eu aproveitei esta oportunidade por causa desta questão presencial. Mas o encaminhamento depende, depois, dele e do santo padre, o Papa.”
Dom Aloísio explica que a renúncia não significa a saída imediata do cargo. “Vale a frase: ‘o mínimo de interrupção, o máximo de continuidade’. Eu quero continuar a ser o bispo até o dia que o Papa enviar a nomeação do novo bispo. E se ele for um padre, ele ainda terá um tempo para ser ordenado. Depois, terá ainda um tempo para ser empossado. Se a nomeação for para alguém que já é bispo, então vai se marcar a posse. Até esse dia, eu serei o bispo de Santa Cruz do Sul.”
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Segundo afirmou o Bispo à reportagem, ainda é cedo para cogitar nomes. Dom Aloísio explica o que vai acontecer a partir de agora. “A diocese apresenta o perfil diocesano, digamos assim. Como ela está pastoralmente, como ela está na parte litúrgica, celebrativa; como ela está na parte administrativa. Ela vai apresentando, também, a localização, a questão das etnias, também, na nossa diocese. Tudo isso aparece nesse relatório. Então a diocese é isso que se descreve ali, digamos. E isto é enviado para Roma e é avaliado. Então, já se sabe que há necessidade de um perfil X para responder às necessidades dessa diocese.”
Depois de passar o cargo, Dom Aloísio Dilli se torna bispo emérito da Diocese de Santa Cruz, assim como aconteceu com Dom Sinésio Bohn.
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