“Nós precisamos ouvir com amor, não só com os ouvidos. Na comunicação, é sumamente importante ouvir. Precisamos ouvir as pessoas.” Dessa forma, o bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul, dom Aloísio Alberto Dilli, recebeu nessa sexta-feira, 27, a imprensa regional para um café da manhã realizado na sala de reuniões da Cúria Diocesana. A iniciativa tem o objetivo de promover o diálogo e a aproximação entre os profissionais da área de Comunicação e a Diocese, por meio da Pastoral da Comunicação e da Coordenação de Pastoral.

No calendário católico, a data de 29 de maio é considerada o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Ela foi instituída pelo Papa Paulo VI, em 1967, como uma forma de valorização dos meios de comunicação social pelas lideranças da Igreja. Paulo VI deu início à prática de escrever, a cada ano, uma mensagem aos comunicadores e às lideranças eclesiais. Neste ano, a 56ª mensagem provém do Papa Francisco, com o tema: “Escutar com o ouvido do coração”.

Dom Aloísio fez a abertura do evento com a síntese da mensagem enviada pelo pontífice, que sugere a palavra “escutar” como central. “O Papa nos estimula a escutarmos uns aos outros, numa relação fraterna. Existe uma reação dialogal proposta por Francisco: entre a humanidade e a divindade. A fé vem da escuta. A escuta é uma dimensão do amor”, enfatizou.

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Em um dos trechos do texto escrito pelo Papa, o bispo destacou o que traz a seguinte reflexão: “Ouvidos, temo-los todos; mas, muitas vezes, mesmo quem possui um ouvido perfeito não consegue escutar o outro. Pois existe uma surdez interior, pior do que a física. De fato, a escuta não tem a ver apenas com o sentido do ouvido, mas com a pessoa toda. A verdadeira sede da escuta é o coração.” Em outras palavras, a mensagem sugere a importância do “ouvir” para a construção do diálogo, tão importante nos dias atuais. “As redes sociais nos deram voz”, acrescentou ainda o padre Rodrigo Hillesheim, coordenador de Pastoral e responsável pela Comunicação da Diocese de Santa Cruz do Sul.

Sobre o importante papel dos meios de comunicação social, Dom Aloísio refletiu a respeito da pandemia e das consequências deste período em nível global. Segundo ele, o distanciamento auxiliou no combate ao coronavírus, entretanto dificultou a relação entre as pessoas. “Muitos estão sofrendo aspectos depressivos em sua vida; essas pessoas precisam ser ouvidas. É um dos valores da relação humana que não pode faltar em nossa vida, o diálogo. Ele é essencial na comunicação, na família, na igreja, na escola, nos meios de comunicação. A comunicação é essencial”, refletiu.

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O Encontro Mundial das Famílias e uma mensagem do Papa

No segundo momento do encontro, os comunicadores presentes tiveram a oportunidade de compartilhar as experiências vividas por eles na profissão. De acordo com dom Aloísio Dilli, a partilha de vivências é uma forma de ouvir uns aos outros, bem como uma construção rica de reflexão. “Nós todos queremos manifestar a nossa presença, a nossa palavra”, concluiu.

Durante o evento, também, o padre Rodrigo Hillesheim falou sobre o 10º Encontro Mundial das Famílias, que acontece de 22 a 26 de junho, com o tema “Amor em Família: Vocação e Caminho de Santidade!” Mais informações sobre a atividade podem ser obtidas pela página da Diocese no Facebook (https://www.facebook.com/mitrascs/). Ao final do encontro, dom Aloísio também deu a benção aos participantes. “Trago um presente a vocês, enviado pelo Papa, por meio de mensagem em que ele diz: ‘Levem a minha saudação a todos que vocês encontrarem, e transmitam a minha bênção a todos’.”

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21 Romaria e altar-monumento

A 21ª Romaria da Santa Cruz será realizada no dia 11 de setembro deste ano, com saída da Paróquia Três Santos Mártires até o seminário São João Batista. A novidade deste ano, considerada “um sonho da Diocese”, é a construção do altar-monumento junto ao seminário São João Batista, para as celebrações da Romaria. O local deverá ser usado para a expansão da evangelização.

Os recursos para realização são provenientes da própria Diocese, com ajuda dos fiéis e da comunidade. A obra foi idealizada pelo padre Eleutério Orsolin e teve início em agosto do ano passado. Atualmente, se encontra em fase de acabamento, devendo ser inaugurada durante a Romaria.

O altar é coberto por um monumento que representa duas mãos, com três metros de altura; eles sustentam a hóstia, que possui 8,7 metros de diâmetro. Logo atrás, a caixa de água integra o monumento, representando um cálice. O conjunto simboliza o corpo e o sangue do Senhor. O projeto arquitetônico está a cargo da Construtora e Urbanizadora Rech e da designer Jocelaine Strothmann. A intervenção foi executada pela Bonanza Construções e Restaurações, com a liderança do engenheiro Dirceu Schirmer. Já as mãos foram esculpidas pelo escultor Olir Francisco Dutra.

Dom Aloísio frisou a respeito da importância da Romaria e, ainda, sobre a necessidade da sua valorização pelo Município e pelos fiéis. “A participação da comunidade pode ser maior. Queremos que Santa Cruz abrace a nossa Romaria”, destacou. O bispo a definiu como sendo um momento marcante e especial para a comunidade, principalmente com a recente conquista do altar-monumento. Da mesma forma, convidou a comunidade e os meios de comunicação social a participarem de um dos mais importantes eventos do calendário da Diocese de Santa Cruz do Sul.

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Conversa com o Papa

O bispo também relembrou os momentos e as experiências que viveu no início deste mês, quando esteve na presença do Pontífice em visita a Roma, acompanhado de comitiva formada por 23 líderes religiosos do Estado. Ele salientou a simplicidade do líder maior da Igreja Católica.

“Antes de ser o Papa, é nosso irmão. Ele reflete a presença de Deus. É um homem de Deus, muito simples. Recebeu a todos com sorrisos e escutou a cada um de nós, criando um clima de familiaridade. Foi uma experiência inesquecível.” Dom Aloísio afirmou aos presentes que encontrou uma pessoa extremamente querida, que sorri e sabe falar da vida. “O Papa exerce esse papel em nome de Cristo”, sublinhou.

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