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Economia

Dólar zera alta e fecha com viés de queda ante o real

O dólar fechou a terça-feira, 27, com viés de queda, perto da estabilidade, com sinais mistos no mercado à vista, em meio à diminuição da liquidez durante a tarde. Após a definição da taxa Ptax diária, em leve alta de 0,23%, aos R$ 3,2776 no começo da tarde, o mercado operou com baixíssima liquidez, o que deixou o dólar patinando ao redor da estabilidade, ora em alta ora em queda, em boa parte da sessão vespertina. 

No começo da tarde, declarações do presidente Michel Temer de que haverá uma segunda chamada na repatriação – possivelmente incluindo recursos não declarados à Receita Federal e que são mantidos no exterior por políticos e seus parentes -, ajudaram na desaceleração do dólar, comentou um gerente de derivativos de uma gestora de recursos. “Reforça expectativas de novos fluxos financeiros no primeiro trimestre”, afirmou. 

Além disso, há uma série de ingressos de recursos referentes a Investimentos Estrangeiros Diretos no País esperados para janeiro, de cerca de US$ 14,2 bilhões, que podem manter o dólar mais fraco ante o real. 

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No mercado à vista, o dólar fechou cotado aos R$ 3,2758, com baixa de 0,04%. O giro financeiro total registrado somava US$ 1,393 bilhão. Já o contrato de dólar com vencimento de 2 de janeiro de 2017 encerrou aos R$ 3,2750, com queda de 0,27%. O volume financeiro movimentado somou cerca de US$ 8,57 bilhões.

Pela manhã, houve fluxo de entrada e de saída de recursos, o que ajudou a fortalecer os negócios e a amparar a volatilidade das cotações entre margens relativamente estreitas, disse o operador Cleber Alessie Machado Neto, da Hcommcor. Além disso, a proximidade da definição da última Ptax deste ano, na quinta-feira, contribuiu para o vaivém das cotações. 

Alguns agentes de câmbio fizeram compras mais cedo também estimulados por cautela gerada pelo déficit fiscal do governo. O BC informou que o setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 80,428 bilhões em novembro (7,96% do PIB), ante superávit de R$ 3,384 bilhões em outubro e déficit de R$ 43,057 bilhões ante novembro de 2015. Em 12 meses até o mês passado, o déficit nominal correspondeu a 9,28% do PIB, com saldo negativo de R$ 581,400 bilhões. 

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Mas a presença de importadores acabou se destacando, por causa do dólar baixo após cinco quedas consecutivas na semana passada (acumuladas em -3,64%), disse o superintendente da Correparti, Ricardo Gomes da Silva.

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