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Dólar tem maior queda dos últimos sete anos; entenda o impacto na vida dos brasileiros

A moeda norte-americana começou o ano com venda a R$ 5,34. No início da tarde de sexta-feira, 30, fechando o primeiro semestre, poderia ser comprada a R$ 4,81, com uma valorização do real, frente ao dólar, de 10,11%. É a maior variação do primeiro semestre registrada desde 2016. Com a economia globalizada, a característica exportadora do Brasil e a necessidade de importar determinados produtos, essa diferença influencia diretamente no dia a dia dos brasileiros.

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Marco Antônio Cavinato de Lima, sócio-administrador da Onnix Corretora de Câmbio, explica que a política monetária, a balança comercial e o sentimento do mercado são fatores que podem influenciar o valor do real. “A política monetária do Banco Central, como o aumento e a manutenção das taxas de juros e medidas para atrair investimentos estrangeiros, pode fortalecer o real e diminuir o valor do dólar”, exemplifica.

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A movimentação do mercado é outro motivador de variações. Se o Brasil exportar mais do que importar, pode aumentar a demanda pelo real e valorizá-lo. Isso também ocorre quando há o entendimento de que se vive uma estabilidade econômica, política e com perspectivas positivas sobre o futuro.
“É importante lembrar que as taxas de câmbio são influenciadas por vários fatores interconectados e podem mudar, rapidamente, como notícias negativas partindo dos Estados Unidos, como alta inflação e desemprego”, ressalta. Há, também, fatores externos da macroeconomia que explicam a variação.

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Tendência

Marco Antônio de Lima, sócio da Onnix | Foto: Divulgação

A valorização do real e a desvalorização do dólar são resultado de fatores externos e internos. A política monetária dos Estados Unidos e o cenário internacional contribuíram para a desvalorização do dólar. Internamente, a melhora na perspectiva econômica do Brasil, a recuperação dos preços das commodities e a confiança dos investidores fortaleceram o real. O Banco Central brasileiro também adotou medidas para fortalecer a moeda.

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“As condições econômicas e políticas são voláteis, e as tendências cambiais podem mudar com novos eventos”, ressalta Lima. Enquanto isso, empresas que oferecem serviços para clientes estrangeiros, como TI, consultoria e educação, beneficiam-se, tornando os serviços mais acessíveis e competitivos globalmente. “É importante considerar que o impacto do dólar barato varia de acordo com o setor e as condições econômicas específicas”, afirma.

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Como o mercado do agronegócio é afetado

Assim como nos demais setores da economia, o principal ativo brasileiro, o agronegócio, pode ser afetado de forma mista. Marco Antônio Cavinato de Lima diz que os custos de produção podem aumentar devido à valorização da moeda nacional, impactando a rentabilidade das empresas. Assim, as exportações podem ser prejudicadas, já que commodities agrícolas brasileiras se tornam mais caras para os compradores estrangeiros.

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“No entanto, um real forte pode estimular a diversificação de mercados e incentivar o agronegócio a buscar oportunidades em países com moedas mais fracas”, ressalta. Além disso, há possibilidade de promoção da redução da dependência de insumos importados, impulsionando a indústria nacional de insumos agrícolas. “É importante considerar a complexidade do setor e outros fatores econômicos, políticos e climáticos que podem afetar o agronegócio. Consultar especialistas é recomendado para uma avaliação precisa”, frisa.

De uma forma geral, as importações ficam mais baratas, com redução do custo de produção e melhoria do poder de compra. Além disso, pode ajudar a controlar a inflação e estimular o turismo e investimentos estrangeiros. As vendas para o exterior, porém, são prejudicadas, impactando a balança e criando desafios para agronegócio e indústria.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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