A moeda norte-americana começou o ano com venda a R$ 5,34. No início da tarde de sexta-feira, 30, fechando o primeiro semestre, poderia ser comprada a R$ 4,81, com uma valorização do real, frente ao dólar, de 10,11%. É a maior variação do primeiro semestre registrada desde 2016. Com a economia globalizada, a característica exportadora do Brasil e a necessidade de importar determinados produtos, essa diferença influencia diretamente no dia a dia dos brasileiros.
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Marco Antônio Cavinato de Lima, sócio-administrador da Onnix Corretora de Câmbio, explica que a política monetária, a balança comercial e o sentimento do mercado são fatores que podem influenciar o valor do real. “A política monetária do Banco Central, como o aumento e a manutenção das taxas de juros e medidas para atrair investimentos estrangeiros, pode fortalecer o real e diminuir o valor do dólar”, exemplifica.
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A movimentação do mercado é outro motivador de variações. Se o Brasil exportar mais do que importar, pode aumentar a demanda pelo real e valorizá-lo. Isso também ocorre quando há o entendimento de que se vive uma estabilidade econômica, política e com perspectivas positivas sobre o futuro.
“É importante lembrar que as taxas de câmbio são influenciadas por vários fatores interconectados e podem mudar, rapidamente, como notícias negativas partindo dos Estados Unidos, como alta inflação e desemprego”, ressalta. Há, também, fatores externos da macroeconomia que explicam a variação.
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A valorização do real e a desvalorização do dólar são resultado de fatores externos e internos. A política monetária dos Estados Unidos e o cenário internacional contribuíram para a desvalorização do dólar. Internamente, a melhora na perspectiva econômica do Brasil, a recuperação dos preços das commodities e a confiança dos investidores fortaleceram o real. O Banco Central brasileiro também adotou medidas para fortalecer a moeda.
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“As condições econômicas e políticas são voláteis, e as tendências cambiais podem mudar com novos eventos”, ressalta Lima. Enquanto isso, empresas que oferecem serviços para clientes estrangeiros, como TI, consultoria e educação, beneficiam-se, tornando os serviços mais acessíveis e competitivos globalmente. “É importante considerar que o impacto do dólar barato varia de acordo com o setor e as condições econômicas específicas”, afirma.
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Assim como nos demais setores da economia, o principal ativo brasileiro, o agronegócio, pode ser afetado de forma mista. Marco Antônio Cavinato de Lima diz que os custos de produção podem aumentar devido à valorização da moeda nacional, impactando a rentabilidade das empresas. Assim, as exportações podem ser prejudicadas, já que commodities agrícolas brasileiras se tornam mais caras para os compradores estrangeiros.
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“No entanto, um real forte pode estimular a diversificação de mercados e incentivar o agronegócio a buscar oportunidades em países com moedas mais fracas”, ressalta. Além disso, há possibilidade de promoção da redução da dependência de insumos importados, impulsionando a indústria nacional de insumos agrícolas. “É importante considerar a complexidade do setor e outros fatores econômicos, políticos e climáticos que podem afetar o agronegócio. Consultar especialistas é recomendado para uma avaliação precisa”, frisa.
De uma forma geral, as importações ficam mais baratas, com redução do custo de produção e melhoria do poder de compra. Além disso, pode ajudar a controlar a inflação e estimular o turismo e investimentos estrangeiros. As vendas para o exterior, porém, são prejudicadas, impactando a balança e criando desafios para agronegócio e indústria.
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