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Economia

Dólar sobe para R$ 3,15 e fecha no maior valor em quase dois meses

Em um dia marcado pelas ameaças de calote da dívida, pela Grécia, e pelas votações das medidas de ajuste fiscal no Brasil, o dólar disparou e fechou no maior valor em quase dois meses. O dólar comercial encerrou esta terça-feira, 26, vendido a R$ 3,15, com alta de R$ 0,052 (1,68%). A cotação é a mais alta desde 1º de abril, quando a divisa havia fechado a R$ 3,172.

A cotação começou o dia em torno de R$ 3,12. Após as 11h, no entanto, começou a subir fortemente. Na máxima do dia, por volta das 16h20, o dólar atingiu R$ 3,153. Em maio, a moeda norte-americana subiu 4,54%. No ano, a alta acumula 18,5%.

Indicadores divulgados hoje mostram o aumento dos investimentos privados nos Estados Unidos pelo segundo mês seguido. O dado reforça a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, aumente os juros da maior economia do planeta neste ano. Juros mais altos nos países desenvolvidos diminuem o fluxo de capitais para países emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cotação do dólar.

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A perspectiva de que a Grécia não consiga pagar as parcelas do resgate econômico ao Fundo Monetário Internacional (FMI) contribuiu para a instabilidade. No próximo dia 5, o país terá de pagar uma parcela de 300 milhões de euros aos credores. Ao longo de junho vencem mais 1,3 bilhão de euros do pacote de ajuda.

No Brasil, o dólar subiu no dia em que o Senado começa a votar as medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e às pensões por morte. Inicialmente, o governo estimava economizar R$ 16 bilhões apenas com o seguro-desemprego e o abono, mas a economia caiu para R$ 5 bilhões após as negociações com os senadores.

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