Em dia de agenda esvaziada no Brasil e de menor liquidez, o dólar acompanhou a alta generalizada da moeda dos Estados Unidos na economia mundial e fechou em alta de 0,87%, a R$ 3,9111. É a maior cotação desde 7 de junho (R$ 3,9146). A segunda-feira não teve atuação extra do Banco Central no mercado de câmbio, marcando a sexta sessão consecutiva sem leilões de novos contratos de swap (venda de dólar no mercado futuro). O pano de fundo da subida do dólar hoje foi novamente o temor de piora da situação comercial de Washington com seus principais parceiros, sobretudo a China e a União Europeia, com Donald Trump ameaçando sobretaxar os veículos europeus.
Sem se comprometer com valores, o BC prometeu na sexta-feira atuar sempre que necessário no mercado de câmbio, com leilões de linha (venda de dólar à vista com compromisso de recompra) ou swap. Mas hoje optou por não atuar. O último leilão de swap extraordinário que o BC fez foi na sexta-feira, dia 22, quando ofertou US$ 1 bilhão. Já a quarta-feira, dia 27, foi a última sessão com atuação discricionária, quando a instituição fez dois leilões de linha, que somaram US$ 2,4 bilhões.
Nesta segunda-feira, 2, o BC fez apenas leilão de rolagem para os contratos de swap que vencem em 1º de agosto, em operação que movimentou US$ 700 milhões, mas não chegou a influenciar as cotações do dólar. O dólar operou em alta desde a abertura, mas sempre acompanhando o movimento externo. Na máxima, chegou a encostar em R$ 3,92 no início da tarde.
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“O dólar subiu ante todos os parceiros comerciais com preocupações de escalada adicional de medidas de protecionismo comercial”, afirma o diretor da BK Asset Management em Nova York, Boris Schlossberg. Durante o final de semana, a imprensa dos EUA noticiou que o país poderia sair da Organização Mundial do Comércio (OMC), mas hoje Donald Trump negou a intenção e disse que a Casa Branca está próxima de anunciar acordos comerciais “justos”. Esta última declaração ajudou a tranquilizar as bolsas em Wall Street. “Uma saída da OMC removeria qualquer barreira para Trump adotar políticas protecionistas”, destaca Schlossberg.
Por causa do jogo entre Brasil e México, o volume de negócios foi menor. No mercado futuro, às 17h25, o volume somava US$ 12,4 bilhões. No mesmo horário, o dólar para agosto subia 0,78%, a R$ 3,9200. No mercado à vista, o giro somou US$ 1,1 bilhão.
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