Após alternar altas e baixas na manhã desta sexta-feira, 6, o dólar à vista se firmou em baixa à tarde e fechou cotado a R$ 3,5034, em queda de 1,05%. A expectativa em torno do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff voltou a servir de motivo para a queda do dólar ante o real. Nesta sexta-feira, a comissão especial que analisa o processo de afastamento de Dilma aprovou o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que admite o impeachment.
No início do dia, o dólar exibiu ganhos ante o real, em sintonia com o exterior. A divulgação do relatório de emprego nos EUA (payroll), mostrando a criação de 160 mil vagas em abril, no menor nível desde setembro e abaixo dos 205 mil esperados, fez a moeda americana perder força em um primeiro momento. No entanto, uma releitura dos números – indicando aumento do salário médio em abril – favoreceu a renovação de máximas no Brasil. No pico do dia, visto às 9h48, o dólar à vista marcou R$ 3,5730 (+0,91%)
Aos poucos, porém, a moeda foi perdendo força. O fortalecimento do petróleo, tanto em Londres quanto em Nova York, acabou abrindo espaço para a divisa migrar para o negativo e se firmar em baixa. Durante a tarde, em diferentes momentos, houve renovação de mínimas, com profissionais citando o andamento do processo de impeachment. “Não há força para o dólar subir. Estão todos focados na questão do impeachment”, comentou um profissional de mesa de câmbio, destacando a aprovação do relatório de Anastasia.
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Mesmo com o dólar abaixo dos R$ 3,50 em alguns momentos da tarde, o Banco Central se manteve distante dos negócios. Pelo terceiro dia consecutivo, nenhum leilão de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares no mercado futuro) foi convocado.
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