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CINEMA

Dois olhares sobre “InfiniMundo”: veja a opinião de jornalistas da Gazeta do Sul

Foto: Andre Sheffer/Divulgação – InfiniMundo

No primeiro semestre de 2023, localidades do interior de Santa Cruz do Sul e Sinimbu sediaram as filmagens do primeiro longa-metragem integralmente realizado na região. Na noite desta sexta-feira, 6, na programação do 7º Festival Santa Cruz de Cinema, a obra finalizada, InfiniMundo, será pela primeira vez exibida publicamente na cidade.

Os espectadores que forem ao auditório central da Unisc serão transportados, na imaginação, para a pequena cidade de Bons Costumes, na qual a história ficcional está ambientada. Sob direção de Diego Müller e de Bruno Martins, a partir de roteiro original deste, o público poderá apreciar uma obra repleta de poesia. Nesta matéria, dois jornalistas da Gazeta do Sul que já assistiram ao filme comentam sobre a experiência.

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De coração aberto

Por Julian Kober
juliank@gazetadosul.com.br

A emoção tomou conta da sala de cinema do Palácio dos Festivais, em Gramado, durante o lançamento de InfiniMundo. Isso porque na plateia estavam moradores de Santa Cruz do Sul que fizeram parte da obra. Era possível sentir a animação do grupo ao se ver na tela grande de um dos mais prestigiados festivais do Brasil, e isso contagiou a todos que acompanharam a primeira exibição.

Ao mesmo tempo em que a cena me comovia, pensava se o filme superaria as expectativas da caravana santa-cruzense. Foi além. A obra de Diego Müller e Bruno Martins é uma belíssima história sobre paixão e amor. Os diálogos poéticos de Martins são espetáculo à parte, mas funcionam graças à direção de Müller e à performance dos atores. Em especial, o trio de protagonistas Astuto (Vitor Novello), Beleza (Laura Dutra) e Arteiro (Nicolas Vargas). Sem a combinação perfeita de todos esses elementos, um filme que usa a prosa como principal condutor narrativo poderia tornar-se entediante, o que não acontece em momento algum. O talento de toda a equipe responsável por dar vida a essa trama apaixonante é notável em cada detalhe.

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Desde os belíssimos e criativos figurinos às cores, à iluminação e aos cenários, tudo foi cuidadosamente pensado para tornar a obra uma fábula mágica e encantadora. Falando em cenário, as belas paisagens do interior de Santa Cruz e de Sinimbu estão lá na tela e tornam a cidade de Bons Costumes um lugar de outro mundo. É surpreendente pensar que muitos dos locais utilizados na produção não existem mais. Contudo, a obra ganhou esse novo escopo documental, eternizando no cinema as áreas mudadas significativamente pela catástrofe climática. E a mensagem de amor que Müller e Martins colocaram no filme é ressignificada, servindo como inspiração para a retomada desses espaços. InifiniMundo é um filme para assistir de coração aberto e que vai deixar os moradores de Santa Cruz e Sinimbu orgulhosos.


InfiniMundo e além

Por Romar Beling
romar@editoragazeta.com.br

A comunidade de Santa Cruz do Sul e do Vale do Rio Pardo para sempre terá a agradecer a InfiniMundo. Não se trata apenas de um filme: se trata de História. Assim, com “H” maiúsculo. Porque tornou real o que qualquer pessoa envolvida com a cultura sempre intuiu: que a região é, por excelência, polo talhado, em realidade de Brasil, para viver o audiovisual.

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Quis o feliz acaso que um Festival Santa Cruz de Cinema já atraísse profissionais à cidade, e foi em uma dessas vindas que o projeto se formatou. E quis ainda o destino que a Santa Cruz Film Commission, como instância de fomento, estivesse implantada. O resultado dessa união entre esforços públicos e privados poderá ser apreciado, com muita emoção, na noite desta sexta-feira no auditório central da Unisc.

É um longa que transpira poesia, como pude conferir em sessão na Casa de Cultura Mario Quintana, na noite do último sábado, 31. Tematiza o amor, toca no coração do espectador. A abordagem é leve, cativante; há o cômico e o bom humor; há reflexão e alegoria, esta evidenciada na própria denominação dos personagens, que não são apenas pessoas, e sim qualidades. O trio Astuto, Arteiro e Beleza se imprimirá no imaginário, em interpretações muito seguras e autênticas. E a fotografia é belíssima, com uma aura de magia e de encantamento que tão bem combina com a rica cultural regional.

E então, a região: o filme foi gravado em 2023, em algumas das mais belas paisagens de Santa Cruz e de Sinimbu. Paisagens que a enchente de abril e maio deste ano fez sumir do mapa. Estaria muito, mas muito além da imaginação de qualquer um da equipe de produção que a as cenas que estavam sendo gravadas para um longa-metragem de ficção acabariam por constituir, no fim das contas, um documentário sobre uma paisagem que não existe mais. O InfiniMundo salientou o real, mas a paisagem em que ele foi concretizado virou ficção. Para sempre, Diego Müller e Bruno Martins, e todos os seus companheiros de jornada, nos legam o InfiniMundo… e o além.

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