Dois meses antes de ser assassinada pelo ex, jovem solicitou medidas protetivas

Segue em investigação com a Polícia Civil o caso de duplo homicídio brutal registrado em Candelária no último domingo, 21. Na data, por volta de 17h30, Tales Junior Francisco da Silva, de 25 anos, e Tamiris Soares de Melo, de 18, foram assassinados com tiros na cabeça, em uma propriedade rural da localidade de Capão do Valo, no interior do município. Os disparos foram efetuados por Anderson Leandro de Carvalho Soares, de 26 anos, ex de Tamiris, que se apresentou na Delegacia de Polícia de Candelária nessa terça-feira, 23, e foi conduzido ao presídio.

A reportagem do Portal Gaz apurou detalhes de uma ocorrência registrada pouco mais de dois meses antes do crime, envolvendo a jovem e o ex-companheiro. Na manhã de 7 de novembro do ano passado, Tamiris compareceu na Delegacia de Polícia (DP) de Candelária. No local, em depoimento, disse que viveu em união estável com Anderson Leandro de Carvalho Soares e que desde o início do relacionamento ele lhe maltratava e agredia fisicamente.

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Após a separação, segundo a vítima, o acusado teria passado a aparecer seguidamente na residência dela, sem aviso prévio, dizendo que era para visitar o filho. Ainda, ela relatou estar sendo ameaçada de morte por Anderson Leandro caso tivesse outro relacionamento, sendo que o rapaz afirmou à ela que se mataria após cometer o assassinato. Na DP, ela disse que queria representar em juízo contra o ex, e requereu medidas protetivas, que foram deferidas judicialmente. Porém, 75 dias depois, ela foi assassinada a tiros por ele, assim como seu atual companheiro, Tales.

Na delegacia, na última terça-feira, Anderson Leandro admitiu o crime, mas, conforme o delegado regional Luciano Menezes, alegou ter imaginado que o namorado dela iria pegar uma arma no porta-luvas do carro quando o casal chegou na residência para buscar o filho de 3 anos que Tamiris tinha com o ex. Ao Portal Gaz, o advogado dele, Milton Alves dos Santos Bragança, disse que seu cliente agiu sob forte emoção e está à base de remédios.

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“Não queria atirar nela de jeito nenhum. Atirou no rapaz, mas infelizmente ela se atravessou na frente dele, e acabou sendo alvejada. Meu cliente está completamente arrependido e chorando muito”, afirmou o defensor. Atualmente, Anderson Leandro de Carvalho Soares segue preso preventivamente no Presídio Estadual de Candelária.

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