O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou mais dois ex-dirigentes do Inter e outras cinco pessoas por crimes que teriam sido cometidos no clube entre os anos de 2015 e 2016, durante a gestão do ex-presidente Vitorio Piffero. As denúncias são resultado de mais uma etapa da Operação Rebote, que desde 2017 investiga suspeitas de irregularidade e desvios de recursos do Inter. Os nomes dos denunciados não foram divulgados em razão da Lei de Abuso de Autoridade.
Conforme a denúncia do MP, um ex-dirigente do clube e quatro empresários da área de turismo de Porto Alegre e Curitiba foram denunciados por organização criminosa, estelionato e ocultação de bens. Um outro integrante da antiga gestão do clube foi denunciado por estelionato e ocultação de bens. A esposa desse segundo dirigente também foi denunciada por ocultação de bens. Essa foi a quarta denúncia oferecida pelo MP sobre irregularidades no Inter. Toda a operação foi dividida em núcleos: administrativo-financeiro, núcleo jurídico, núcleo futebol e agora o núcleo agências de viagem.
O promotor Flávio Duarte diz que um dos dirigentes do alto escalão do Inter – que seria o ex-vice-presidente de Finanças, Pedro Affatato – comandava organização criminosa para desviar dinheiro do clube de maneira continuada e sucessiva por meio de artifícios administrativos e contábeis. Ele utilizava, segundo o MP-RS, notas fiscais e documentos fraudulentos atestando serviços turísticos que não foram prestados. O grupo desviava valores que, posteriormente, eram direcionados para fins diversos, como compra de passagens de avião, de um cruzeiro para o Caribe, pagamento de hospedagem em hotel de luxo e até de ceia de Réveillon do dirigente e seus familiares. Conforme a investigação, os sete denunciados obtiveram para si, em prejuízo ao clube, mais de R$ 340 mil entre 2015 e 2016.
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