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Arroio do Tigre

Doença silenciosa: jogo “baleia azul” evidencia o suicídio entre os jovens

O jogo “baleia azul” roubou a cena nos principais noticiários da grande imprensa nas última semanas. Isso porque trouxe à tona um dos assuntos poucos comentados ou simplesmente ignorados: o suicídio. A psicóloga Míriam Regina Tyburski participou do programa “Giro Regional” da Gazeta FM, na manhã de terça-feira, 25. Na oportunidade explicou que o jogo é apenas “a ponta do iceberg” quando o assunto gira em torno de pessoas que tiram a própria vida. “Quando se fala em problemas na adolescência parece que há um afastamento até mesmo de interesse das pessoas”, destaca.

A profissional destaca que só em Arroio do Tigre, apenas em seu consultório particular, já atendeu cinco casos de jovens que se automutilam. “Desses cinco casos, dois foram para internação hospitalar devido a gravidade dos ferimentos”, completou. De acordo com Míriam, são vários os transtornos que podem acometer os jovens. “Às vezes, a depressão é notada somente nos picos, mas antes disso tudo há quem sofra com o Transtorno Afetivo Bipolar, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Distimia, dentre outros, e as pessoas classificam tudo como depressão, por isso é necessário o acompanhamento e o tratamento”, enfatiza.

Os pais têm o importante papel de notar mudanças no comportamento dos filhos e, principalmente, estarem dispostos a conversar sobre essas mudanças. “A falta de tempo que estamos tendo com os nossos filhos é o que pode gerar tudo isso. A nossa vida é tão corrida que é muito mais cômodo que eles fiquem lá na internet ou no celular, conversando sabe-se lá com quem, do que eu querer ouvir os problemas do meu filho. Não é questão de ser um mau pai ou uma má mãe, é uma questão dessa falta de tempo que temos até para nós mesmos”, acrescenta. Ela ainda relata que o mais diagnostica são quadros de transtornos ansiosos. “Muitas vezes os pais acham que o filho quer chamar a atenção, que não tem com o que se preocupar ou é falta do que fazer e isso é exatamente o não ver ou o não querer perceber”, disse.

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De acordo com o Mapa da Violência de 2014, o suicídio teve um crescimento de 15,3% nos últimos 10 anos e é a terceira maior causa de morte entre os jovens no Brasil, perdendo apenas para homicídios e acidentes de trânsito. Levando em consideração os dados, é preciso que os pais fiquem com olhares atentos aos filhos e busquem ajuda profissional.

Há ainda canais como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuita todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. O serviço funciona 24 horas todos os dias, através do site www.cvv.org.br, pelo telefone no número 141, chat, e-mail ou Skype.

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