O documentário Olha pra Elas, coproduzido pela Panda Filmes e Falange Produções, terá sessão de pré-estreia nesta terça-feira, às 19 horas, no Cine Santa Cruz. A obra trata sobre as mulheres no sistema prisional. O ingresso será um pacote de absorventes e reservas podem ser feitas pela internet. Os produtos arrecadados serão destinados a detentas.
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A projeção vai ser realizada em parceria com os cursos de Comunicação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Às 14 horas, a produção será exibida no Presídio Feminino Estadual de Rio Pardo para as detentas da unidade.
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O filme vai estrear em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro no dia 11 de maio. O longa-metragem é assinado pelos mesmos realizadores do premiado Central – O Poder das Facções no Maior Presídio do Brasil (2017), que revelou as entranhas do Presídio Central de Porto Alegre. Agora, a diretora Tatiana Sager e os roteiristas Renato Dornelles e Luca Alverdi expõem o universo feminino atrás das grades.
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Conforme a diretora, existe uma diferença relacionada ao gênero dos presidiários. No caso dos homens, há a interferência do crime organizado, que acaba por prestar assistência enquanto eles estão no cárcere. “As facções criminosas suprem aquilo que o Estado deveria suprir e, depois, cobram através da exigência da prática de crimes”, afirma.
Para as detentas, porém, a situação é diferente, na análise de Tatiana. “As mulheres, ao contrário, sofrem com a falta de estrutura e de adequação das prisões para o universo feminino, sofrem com o abandono, pois não é comum as mulheres privadas de liberdade receberem visitas. Elas sofrem com o afastamento de suas famílias, principalmente dos filhos”, explica a diretora. Ao final da exibição, ela participará de um bate-papo com o público.
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Entenda
Com 75 minutos e rodado em seis unidades prisionais femininas do Rio Grande do Sul e São Paulo, o documentário apresenta o cotidiano de mulheres que, em comum, têm de ser mães e viver longe dos filhos. Aprisionadas, elas revelam histórias que, mesmo com suas especificidades, representam uma questão de gênero e identidade de mais de 40 mil brasileiras. Prisões precárias, abandono e desestruturação dos lares são os principais problemas enfrentados pelas apenadas.
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O filme também apresenta depoimentos de especialistas, como juízes, promotores e sociólogos. Olha pra Elas já foi exibido no FESTin (Festival de Cinema Itinerante de Língua Portuguesa) e Festival Caminhos do Cinema Português (Portugal), València Film Indie Festival (Espanha) e no III Festival Cinema Negro em Ação (Rio Grande do Sul). A produção também conquistou o troféu de terceiro melhor documentário do 37º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo.
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