Nessa terça-feira, 23, o documentário produzido pelo ator e escritor Sérgio Rosa e a produtora cultural Jaque Santos, que traz a participação de 107 pessoas negras apresentando o município a partir de narrativas negras, teve duas sessões realizadas na Escola Estadual Crescer e na Escola Estadual Onze de Maio. Nas duas oportunidades, a obra foi exibida para 160 estudantes e professores das instituições.

“Pra nós, enquanto comunidade negra produtora desse documentário, é muito importante ter esse trabalho ocupando espaços de ensino e chegando aos olhos e ouvidos dos estudantes essas narrativas negras. Estamos plantando sementes e o documentário cumpre seu propósito”, destaca Sérgio Rosa.

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As escolas interessadas em realizar sessões para estudantes, a partir do sexto ano, devem entrar em contato pelo e-mail: [email protected]. O documentário tem duas horas e 23 minutos de duração e, para facilitar, é possível fazer um intervalo durante a exibição.

Obra como instrumento de ensino

“A escola é um espaço para diferentes discussões e temáticas, um ambiente de transformação e conhecimento. O documentário é muito potente nas narrativas negras e na construção do conhecimento a partir delas. Ele serve como material didático, pedagógico e da um aporte teórico pra falar sobre o racismo e postura antirracista no município”, explica a professora de História, Geovana Andréia Ferreira, da Escola Crescer.

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Segunda Geovana, além de causar identificação com muitas histórias, a obra projeta uma mudança necessária. “Entendo que para muitos alunos, suas experiências de vida e dos familiares podem ter sido reproduzidas no filme e que gera mudança. Na minha compreensão, existe uma necessidade de reparação história quanto à presença do negro no município que deve ser reescrita e contada”, conclui.

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